Artes/cultura
05/12/2016 às 13:01•2 min de leitura
Você concorda que um cara que foi condecorado com um prêmio Nobel em Física deve ser alguém muito inteligente, certo? E se esse mesmo sujeito tiver um método simples que pode ajudar no aprendizado de qualquer coisa — de maneira mais rápida e eficiente —, não custa nada conferir quais são as dicas, não é mesmo?
Pois, de acordo Bec Crew, do portal Science Alert, o método que você vai conhecer a seguir foi proposto por Richard Feynman, físico norte-americano que foi um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica. Segundo o próprio cientista dizia, existe uma diferença entre saber sobre determinado assunto e conhecer um tema específico.
Segundo o físico, uma pessoa pode, por exemplo, saber que os papagaios são capazes de copiar sons humanos e ainda que eles gostam de comer frutas e sementes de girassol. No entanto, isso não significa que essa pessoa sabe quantas espécies existem dessas aves, de quais regiões do planeta elas são endêmicas, se elas apresentam algum padrão migratório etc. Em outras palavras, a pessoa sabe algo sobre o tema, mas não o conhece profundamente.
De acordo com Feynman, para realmente dominar um assunto — nem que seja simplesmente para passar em uma prova —, é vital que a gente adquira um profundo conhecimento sobre esse ele, porque nós nunca vamos saber com certeza qual aspecto desse conteúdo será questionado. Basicamente, o método do físico, que conta com apenas quatro passos, nos ensina como aprender. Confira:
Você pode começar escrevendo — em um caderno e de próprio punho! — sobre o assunto que você está aprendendo, mas faça isso como se estivesse fazendo uma explicação para uma criança. Sendo assim, tente usar palavras mais comuns e simples do nosso idioma, em vez de usar termos rebuscados ou técnicos demais, e isso é muito importante.
Segundo Feynman, ao reformular o tema que você está tentando (hipoteticamente) ensinar para uma criança, você vai ser obrigado a encontrar alternativas para os termos mais complicados, o que significa que você precisará compreender esses conceitos direitinho antes de achar maneiras mais fáceis de falar sobre ele.
Com isso, você se obriga a entender os conceitos de maneira mais aprofundada e, depois, simplificar as relações entre as ideias do tema. Aliás, com este passo você vai conseguir identificar exatamente quais são os pontos com os quais você tem mais dificuldade e, portanto, quais precisam ser estudados com mais afinco.
Depois de completar o passo anterior e identificar quais são os pontos que você menos domina sobre o tema, estude esses aspectos específicos, tire as suas dúvidas, e repita o processo anterior até você ter certeza absoluta de que não ficou nada para trás.
Após concluir os dois passos anteriores, você terá em mãos uma explicação completa, fácil e redondinha para o assunto que você está aprendendo — uma que até uma criança seria capaz de entender. Então, agora, esta etapa consiste em simplificar ainda mais a sua explicação para torná-la mais sucinta e ler o esqueminha que você produziu em voz alta para conferir quais são os pontos que geram maior insegurança.
Na verdade, este último passo do método de Feynman é opcional, mas bastante válido para descobrir se você realmente conseguiu consolidar o conhecimento que adquiriu. Sendo assim, recrute uma criança, um irmão mais novo ou até um amigo para ser seu aluno de mentirinha e dê sua aula. Se ele não entender alguma coisa e você não conseguir tirar a dúvida, isso significa que você identificou mais um ponto fraco que precisa ser solucionado. Simples assim.
O legal desse método proposto por Feynman é que ele não só permite que a gente use diferentes ferramentas para aprender e consolidar determinado assunto, como pode ser empregado como treinamento para apresentações em público e reuniões. E aí, caro leitor, o que você achou? Você conhece mais algum método superútil de aprendizado? Compartilhe nos comentários!