Ciência
10/10/2017 às 03:47•1 min de leitura
Sabemos que o líquido seminal contém milhões de espermatozoides e que, uma vez que entre em contato com o útero, o encontro das células reprodutoras feminina e masculina pode acontecer. O que muitas vezes não percebemos é que o sêmen contém também outros materiais além de espermatozoide.
Uma pesquisa recente revelou que o líquido seminal é capaz de hospedar até 27 tipos diferentes de vírus, sendo capaz, portanto, de propagar um número maior de doenças do que se imaginava.
A descoberta foi realizada por um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, que se dedicaram a estudar os vírus que podem se hospedar no líquido seminal – no final das contas, existem pelo menos 27 vírus capazes de se hospedar e pelo menos 11 que sobrevivem nos testículos.
De acordo com os autores do estudo, existem fatores particulares que influenciam a hospedagem de cada vírus em homens diferentes – em pessoas imunodeprimidas, por exemplo, é mais possível que os vírus sobrevivam.
Não é possível afirmar, ainda, se todos esses vírus podem ser transmitidos sexualmente, como é o caso do HIV e da hepatite, mas certamente temos uma nova linha para estudar sobre a propagação de infecções através do esperma.
A pesquisa revelou também que alguns desses vírus podem alterar o DNA do esperma, o que significa que as mutações provocadas por eles podem passar de pai para filho. Até que mais conclusões surjam sobre o tema, não nos custa reforçar a importância do uso da camisinha na hora do sexo, inclusive se a mulher toma anticoncepcional – a pílula é eficiente para evitar a gravidez, mas não impede a transmissão de doenças!