Desastre ambiental acelera desintegração de naufrágios da 2ª Guerra Mundial

11/03/2019 às 06:002 min de leitura

Se você é fã de História, sabe que existe um grande número de embarcações e submarinos que foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial e que, hoje, formam um verdadeiro museu no fundo do oceano. No entanto, um desastre ambiental de gigantescas proporções que ocorreu no Golfo do México em 2010 está pondo em risco esses artefatos, acelerando a sua desintegração.

(IFLScience!/BOEM)

O incidente em questão foi o vazamento em uma plataforma de petróleo chamada Deepwater Horizon que, na ocasião, resultou em mais de 4,9 milhões de barris sendo despejados no mar. O evento se tornou uma das maiores catástrofes ambientais de todos os tempos, afetando seriamente os ecossistemas e os animais marinhos de uma enorme área na região. Contudo, de acordo com Tom Hale, do site IFLScience!, um estudo recente apontou que, além de causar destruição de vida, o desastre está acelerando a desintegração dos naufrágios.

História em risco

Segundo levantamentos realizados pelos cientistas, o vazamento de petróleo proporcionou uma colossal quantidade de “comida” – na forma de elementos como o carbono e o enxofre – às bactérias anaeróbias que habitam o leito oceânico no Golfo do México, fazendo com que as populações explodissem em tamanho. Então, esses organismos acabaram por formar uma espécie de biofilme capaz de se aderir às superfícies do que quer que se encontre no fundo do mar, e essa camada de bactérias tem como característica ter efeito corrosivo.

Em outras palavras, o desastre tornou as águas mais erosivas e, consequentemente, os artefatos que se encontram no fundo do mar estão sofrendo com a sua ação. O estado de vários navios e submarinos vem sendo monitorado há algum tempo, e os pesquisadores registraram que as embarcações estão se desintegrando em ritmos alarmantes.

(Reprodução/New Scientist/BOEM)

Uma delas consiste em um submarino U-166 nazista, cuja missão durante a guerra era atacar e afundar embarcações navais e mercantes no Atlântico, e que acabou naufragando em 1942. O submarino foi descoberto em sua sepultura submarina após uma caçada arqueológica em 2001, mas, desde o vazamento da Deepwater Horizon, uma imensa área de sua estrutura foi corroída, e o submarino está se desintegrando rapidamente.

Outras embarcações na região estão sofrendo o mesmo destino, e os cientistas estão realizando uma variedade de estudos para tentar compreender melhor como os vazamentos de petróleo interferem no ambiente marinho e como esses desastres afetam as estruturas que se encontram no fundo do mar, mas ficou claro que a catástrofe da Deepwater Horizon continua fazendo estragos, mesmo tantos anos depois de ter acontecido.

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