Artes/cultura
14/12/2020 às 03:00•1 min de leitura
Você já deve ter reparado que é bem comum a presença do termo “sujeito” nas regras reunidas em gramáticas. Porém, convenhamos: sem saber exatamente (ou como descobrir) do que se trata, não é possível compreender a regra, certo?
Pois bem. Vamos considerar a frase Chegou ontem o meu guarda-roupa novo.
Para apontar o sujeito, a forma mais fácil é, basicamente, fazer uma pergunta para o grupo verbal (neste caso, “chegou”). Então, ao questionarmos “Quem/O que chegou?”, percebemos que a resposta é “o meu guarda-roupa novo”. Esse é o sujeito. Mistério solucionado!
É claro que, em sentenças mais extensas, talvez você encontre um pouco mais de dificuldade a princípio. Contudo, acredite: não é preciso se desesperar. Resumidamente, é sempre uma questão de localizar os verbos e buscar, naquele contexto, quem/o que está efetuando as ações descritas.
Na frase Mulher com dor na barriga descobre que baço saiu do lugar, existem dois verbos: “descobrir” e “sair”. Aplicando o que explicamos acima, a primeira pergunta seria: “quem/o que descobre?”. Resposta: “Mulher com dor na barriga”. Já no caso do segundo verbo, caberia indagar “o que saiu do lugar?”. Resposta: “baço”.
E aqui vale ressaltar a importância dessa identificação para que seja possível fazer os ajustes relativos a concordâncias — afinal, os verbos concordam com o sujeito. Com o tempo e a prática, essa tarefa vai ficando cada vez mais automática.
Vamos para outro exemplo. Pensemos sobre “família”. Apesar de acomodar uma ideia de “grupo de pessoas”, a palavra em si é singular e feminina, portanto é isso que vale do ponto de vista sintático e assim segue a concordância: É uma família muito unida. Sim, terminamos a coluna com música.
Até semana que vem!
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Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.