Artes/cultura
11/01/2021 às 03:00•2 min de leitura
As aspas aparecem por todo lado, em diferentes textos e contextos. Entretanto, ainda são motivos de alguns deslizes que podem ser facilmente evitados se você cuidar com certos detalhes.
O primeiro tem a ver com o uso obrigatório, ao abrir e fechar citações. E aqui vale um lembrete ainda maior, referente ao lugar da pontuação (ponto-final, vírgula etc.) em relação às aspas. Veja só:
Se a frase começa e termina com aspas, o ponto deve ficar dentro das aspas.
“Crescer é perder algumas ilusões, a fim de adquirir outras.” (Virginia Woolf)
Gabriel conta que a sua principal estratégia de preparação para a redação foi analisar textos exemplares que receberam nota máxima nas edições anteriores. “É uma boa maneira de conhecer novas palavras e conectivos para usar na dissertação.”
Se a frase não está integralmente dentro das aspas, a pontuação deve ficar fora das aspas.
“A HBO não se interessou”, afirmou o escritor.
Mario Quintana tem uma frase ótima, que diz: “Sonhar é acordar-se para dentro”.
A emissora diz que “as negociações ainda estão em aberto”.
Outro contexto em que as aspas são empregadas é como um recurso de indicar ironia ou conferir destaque a uma palavra ou expressão fora de seu contexto habitual. Observe:
Mas que “ótimo”! Estou adorando isso.
Além disso, dependendo do contexto é importante usar aspas para marcar neologismos (palavras que não constam nos dicionários), arcaísmos (termo ou expressão antiga, já em desuso) ou gírias (sobre essa não precisamos alongar a explicação, certo?).
Devido ao desemprego, muitas pessoas faziam “bicos”.
Por fim, lembre-se de que em alguns tipos de textos também é importante usar aspas para ressaltar as ocorrências de palavras emprestadas de outros idiomas, bem como marcar títulos de obras, como livros, filmes e séries.
Porém, vale acrescentar aqui que isso muitas vezes depende de padrões adotados em diferentes instituições de ensino, organizações e empresas. Há lugares que optam por itálico ou negrito nesses casos, por exemplo. Então, se você estiver escrevendo algo nesse estilo, é sempre melhor consultar os manuais específicos e confirmar mesmo. Afinal, é como dizem: “o combinado não sai caro”.
Até semana que vem!
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Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.