Ciência
08/05/2021 às 06:00•2 min de leitura
A estudante Elisa de Oliveira Flemer, que recentemente foi aprovada na Universidade de São Paulo (USP) por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas não pôde se matricular por fazer “homeschooling” (estudar em casa), ganhou bolsa para um curso internacional e vai passar uma semana de imersão nos Estados Unidos.
O convite foi feito nesta semana à jovem de 17 anos pela empresa StartSe, que deu-lhe uma bolsa integral para o curso de gestão XBA (Xponential Business Administration), ministrado por mais de 30 professores internacionais, de acordo com a companhia. Totalmente online, a formação visa preparar líderes, executivos e empresas com conteúdos atuais.
De acordo com o CMO da StartSe Piero Franceschi, a história da estudante de Sorocaba (SP) chamou a atenção pelo espírito de inovação e empreendedorismo. “Pessoas como ela, que desafiam o status quo e que querem transformar o mundo são motivo de inspiração para todos” comentou o executivo.
(Fonte: Facebook/StartSe)
Além do curso, Elisa fará uma imersão completa na sede da StartSe University no Vale do Silício, que fica na Califórnia (EUA), região considerada o berço do empreendedorismo mundial, com tudo pago. A garota também foi convidada a estagiar na empresa.
Sem frequentar a escola desde 2018, quando estava no 1º ano do ensino médio, a adolescente estuda em casa, seis horas por dia, seguindo um método próprio, após conhecer o homeschooling pela internet. Desde então, ela tem prestado vestibulares para verificar o nível de aprendizado e obteve várias aprovações.
Além de ter passado em faculdades privadas e de ter tirado quase 1 mil pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Elisa conquistou o 5º lugar no curso de Engenharia Civil da USP por meio do Sisu. Mas como não concluiu o nível médio, foi impedida de fazer a matrícula na universidade pública.
(Fonte: UOL/Reprodução)
Tentando garantir que a estudante não perca a vaga, a família da garota ingressou com um pedido de liminar na justiça, para ela conseguir se matricular na USP. Na ação, ela também solicita autorização para fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do nível médio antes de completar os 18 anos.