Ciência
25/02/2022 às 06:30•2 min de leitura
Então, como é muita informação, já salva este conteúdo para revisitar sempre que for fazer uma redação que couber a atuação falha do Estado.
Mas, Beto, por que o Estado pode ser utilizado em tantos temas do Enem?
Esta instituição tem uma função social clara, regulamentada e imprescindível para uma convivência digna e harmônica entre os cidadãos.
No entanto, ainda assim o problema do tema persiste. Isso significa que o Estado se relaciona com a sociedade de modo omisso e negligente. E é justamente isso que causa diversos problemas sociais como o tema de 2021, 2020, 2019, 2018, 2017... do Enem.
Vamos ver isso na prática?
“A vocac¸a~o de um poli´tico de carreira e´ fazer de cada soluc¸a~o um problema”. Essa afirmac¸a~o do cineasta Woody Allen pode ser facilmente aplicada a` classe poli´tica brasileira, uma vez que demostra como os representantes políticos utilizam o Estado como ferramenta de manutenção do poder individual, mesmo em detrimento de soluções coletivas. Esse quadro de ineficie^ncia do poder público tem como origem clara a conservação dos interesses individuais na política. Nesse sentido, esse panorama tem como fatores auxiliares, ainda, o imediatismo dessa classe, juntamente com um desconhecimento populacional.
“As ideias dominantes numa e´poca nunca passaram das ideias da classe dominante”. A reflexão atribui´da ao filo´sofo e socio´logo Karl Marx pode facilmente ser aplicada ao contexto atual da reforma da previde^ncia, ja´ que o pensamento de que esse processo poli´tico e´ fundamental na~o deriva da representação da conscie^ncia popular, mas sim dos interesses da elite brasileira. Assim, e´ importante ressaltar que esse cena´rio de apoio a` reforma e´ advindo do uso do Estado como ferramenta de manutenção dos espaços de poder. Aprofundam essa situação, não só o individualismo, como também o pensamento conservador cristalizado no pai´s.
“Um li´der e´ algue´m que sabe o que quer alcanc¸ar e sabe comunica´- lo”. A emblema´tica afirmac¸a~o da ex-primeira ministra inglesa Margareth Thatcher serve perfeitamente como si´mbolo da crise poli´tica do Brasil atual, já que o hodierno cena´rio cao´tico da sociedade brasileira cristaliza-se na ause^ncia de li´deres que consigam expressar a` populac¸a~o os anseios de seus projetos. Assim, torna-se evidente que essa situação tem como origem inegável a deturpação da função do Estado. Aprofundam, então, esse cena´rio de ause^ncia de lideranc¸a o distanciamento populacional da política, juntamente com a falha educacional.
“O mal da grandeza e´ quando ela separa a conscie^ncia do poder”. A afirmac¸a~o do dramaturgo ingle^s William Shakespeare aplica-se de forma clara a` classe poli´tica brasileira, uma vez que constantemente utiliza o Estado como ferramenta de manutenção dos espaços de poder, ao na~o legislar mais em benefi´cio da populac¸a~o. Esse cena´rio cao´tico de crise poli´tica adve´m da mentalidade individualista da política nacional. Assim, sustentam esse cenário não só o uso de uma mídia manipuladora, como também a alienac¸a~o promovida pelo sistema educacional formal.
“Não há nada como a força do Estado para garantir a liberdade dos seus membros”. Essa afirmação do pensador francês Jean Jacques Rousseau marca um contraponto à situação de crise vivida no exercício da liberdade de expressão, já que esse panorama é uma marca da falibilidade da força estatal na sustentação de uma sociedade livre. Esse panorama tem origem clara na deturpação ética nas diferentes acepções do termo liberdade. Assim, sustentam essa vicissitude não só a manipulação midiática, como também a falha educacional.
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Beto Ferreira, colunista do Mega Curioso, é professor de redação graduado pela Universidade Federal de Goiás e criador do ecossistema de estudos Juntos na Redação.