Artes/cultura
05/06/2022 às 12:00•2 min de leitura
A chegada de junho marca a celebração do mês do orgulho LGBTQIA+, data que comemora as relações homoafetivas através de paradas, marchas e outros eventos ao redor de diversas cidades. Em 2021, a maior celebração ao redor do Brasil se deu na parada gay de São Paulo no dia 6 de junho. Porém, por conta da pandemia, o evento aconteceu de maneira virtual.
As passeatas não só servem como uma exaltação das relações homoafetivas, mas também são um canal de comunicação para que membros dessa comunidade reivindiquem por direitos. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco fatos históricos sobre o mês do orgulho LGBTQIA+ para você ficar por dentro do assunto. Preste atenção!
(Fonte: Wikimedia Commons)
O mês do orgulho LGBTQIA+ surgiu após os donos do Stonewall Inn, um bar gay nos Estados Unidos, lutarem contra uma batida policial por motivos descabidos. Desde então, o local virou um monumento nacional localizado em Manhattan. Entretanto, o ativismo por parte dessa comunidade já acontecia muito antes de 1970.
Em 1924, o imigrante alemão Henry Gerber fundou a Sociedade de Direitos Humanos em Chicago e tornou-se parte do primeiro grupo a fazer campanha pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos. Anos depois, em 1955, um grupo de mulheres criou o Filhas de Bilitis, também o primeiro grupo de direitos lésbicos no país.
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Embora muitas pessoas considerem a Marcha do Dia da Libertação Gay da Christopher Street, em Nova York, como a primeira parada do orgulho gay ao redor do mundo, há quem diga outra coisa. As primeiras marchas de fato aconteceram para celebrar o aniversário de um ano dos eventos no Stonewall Inn, mas a inauguração foi em outra cidade.
De acordo com historiadores, a cidade de Chicago teria feito a primeira marcha um dia antes das celebrações em Nova York. Com isso, a cidade do estado de Illinois poderia ser considerada berço do orgulho gay.
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A bandeira arco-íris, que logo se tornou um grande símbolo da comunidade LGBTQIA+, apareceu pela primeira vez na década de 1970. Na época, Harvey Milk, o supervisor da cidade de São Francisco abertamente gay, pediu para que o artista Gilbert Baker criasse uma marca para usar no lugar do famoso triangulo rosa — símbolo usado pelos nazistas para marcar os gays nos campos de concentração.
Tempos depois, também surgiram as bandeiras do orgulho transgênero e do orgulho bissexual. Em relação a primeira, a criadora Monica Helms afirmou que a inspiração veio de usar as tradicionais cores azul e rosa — que historicamente representam meninos e meninas — e adicionar uma bandeira branca no meio para indicar quem está em transição.
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Embora julho seja tradicionalmente o mês usado para a celebração do orgulho LGBTQIA+, muitos desfiles ao redor do mundo acontecem fora dessa época. No sul dos Estados Unidos, diversos estados optam por fazer as paradas mais próximas da época do outono para fugir do calor intenso.
Regiões como Atlanta, Orlando e Kentucky celebram o orgulho gay mais perto do Dia Nacional de Sair do Armário (11 de outubro).
(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora o mês do orgulho LGBTQIA+ tenha sido instaurado em 1970, foi apenas em 1999 que um presidente dos Estados Unidos reconheceu oficialmente junho como o período oficial para tal celebração. Na época, o então presidente Bill Clinton emitiu a proclamação Nº7203, decretando a celebração para o orgulho gay e lésbico
O sucessor de Clinton, George W. Bush, no entanto, passou seus oito anos de mandato sem reconhecer a data. Foi apenas com a eleição de Barack Obama que o Mês do Orgulho voltou a ser oficializado e também se expandiu para contemplar os norte-americanos bissexuais e transgêneros.