Artes/cultura
03/09/2022 às 11:00•2 min de leitura
Dentre os vários animais estranhos que habitam o continente australiano, talvez o demônio-da-tasmânia seja o mais conhecido. Sua fama se deve principalmente ao personagem Taz dos Looney Tunes, que produzia sons sem sentido e girava como um tornado. Na vida real, esses marsupiais australianos são menos dramáticos, mas ainda assim são criaturas intrigantes.
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Não é à toa que os primeiros colonos europeus a chegarem a região da Tasmânia apelidaram a espécie o Sarcophilius harrisii de demônio-da-tasmânia. Ao adentrarem nas florestas da região, eles começaram a ouvir gritos e rosnados que pareciam sobrenaturais.
Logo, imaginaram se tratar de demônios que habitavam a região. No final das contas, no entanto, se tratava apenas desses bichinhos menores que um cachorro.
O grau de abertura da mandíbula favorece a mordida. (Fonte: Shutterstock)
Se o ranking das mordidas mais fortes do mundo considerar a proporção entre o tamanho do animal e a força da dentada, o diabo-da-tasmânia é o vencedor da disputa.
O formato da sua cabeça permite que eles abram a mandíbula em até 80 graus e isso faz com que sejam capazes de triturar os ossos de suas presas. No final do banquete não sobra nada, eles consomem todas as partes da caça.
Caudas mais roliças são sinônimo de saúde. (Fonte: Shutterstock)
Essa espécie de marsupial, assim como todas as outras, armazenam gordura na cauda. Assim, quanto mais roliça a cauda de um demônio-da-tasmânia, maior é a evidência de que ele tem se alimentado bem.
Tirar um cochilo dentro da presa é comum para esses animais. (Fonte: Shutterstock)
Falando em hábitos alimentares, os diabos-da-tasmânia possuem um costume bem peculiar. Muitas vezes, enquanto se alimentam de carniça, esses marsupiais adormecem e tiram um cochilo por ali mesmo. Assim, ao acordar, é só voltar a comer.
Bocejar para eles não é sinal de sono. (Fonte: Shutterstock)
Quando se sentem ameaçados por algum outro animal ou por humanos, os diabos-da-Tasmânia apresentam um comportamento bem diferente. Eles fazem um tipo de bocejo que soa bastante feroz. Porém, a realidade é que isso demonstra mais medo e ansiedade do que ferocidade.
Escalar árvores pode ser a única saída para os mais jovens. (Fonte: Shutterstock)
Nem tudo são flores no reino animal, e quando demônio-da-tasmânia mais velhos estão com muita fome, eles podem devorar diabos mais jovens. Por isso, como são mais ágeis, os exemplares mais novos da espécie se abrigam em árvores para fugir dos anciãos esfomeados.
Infelizmente, os demônios da Tasmânia são mais uma espécie com risco de extinção. (Fonte: Shutterstock)
Os diabos-da-tasmânia são uma espécie ameaçada de extinção e dessa vez a culpa não é toda dos humanos. Apesar de muitos desses animais morrerem atropelados enquanto se alimentar da carcaça de outros bichos atropelados, uma das principais causas da sua extinção é um tipo de câncer surgido entre eles no final da década de 90. A doença afeta a face dos demônios, especialmente a boca, e dificulta a sua alimentação.