Artes/cultura
08/10/2022 às 13:00•2 min de leitura
Estima-se que, por volta do dia 15 de novembro de 2022, a população mundial deverá chegar a marca de 8 bilhões, dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Impressionantemente, esse é um cenário que mudou vigorosamente nas últimas décadas.
Para se ter ideia, a população mundial era de 2,5 bilhões de pessoas em 1952, mas estima-se que daqui a 70 anos ela terá aumentado mais 2,5 bilhões em relação aos níveis atuais. Mas será que existe espaço para todo mundo? Veja quais devem ser nossas principais preocupações para o futuro!
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(Fonte: Pixabay)
Em 1994, existia uma preocupação generalizada com o crescimento populacional. Isso fez com que diversos líderes mundiais se reunissem na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo, Egito. No entanto, atualmente os países estão preocupados com uma gama muito mais ampla de mudanças demográficas.
Nas últimas décadas, apesar do crescimento de pessoas no mundo, todas as regiões do mundo haviam observado melhorias acentuadas nas expectativas de vida e taxas de fecundidade em queda — algo que explica o envelhecimento acelerado de determinadas populações. Entretanto, os dados não são iguais em todas as partes.
Hoje em dia, o crescimento populacional está concentrado nos países mais pobres do mundo, os quais ainda permanecem em um estágio relativamente inicial da transição demográfica. Enquanto isso, alguns dos países mais ricos do mundo estão vendo o declínio populacional que já existiu antes por conta de guerras e fomes, mas vem tomando um formato diferente.
(Fonte: Pixabay)
A diversidade demográfica existente na Terra hoje evidencia preocupações divergentes sobre a mudança demográfica ao redor do mundo: enquanto países mais pobres estarão preocupados se conseguirão atender às necessidades de uma população grande e crescente, países ricos estarão pensando em como promover a fertilidade.
Logo, cada vez mais diferentes partes do mundo perseguirão políticas populacionais divergentes e com objetivos opostos. Por conta dessa polarização, existe um receio político sobre a escassez da mão de obra, enfraquecimento da produtividade econômica, existência de mudanças culturais e étnicas nas sociedades, além do enfraquecimento do poder político e militar de potências ao redor do mundo.
Essas ansiedades demográficas aparecem não apenas na mídia populista, mas também dentro do debate político. A capacidade máxima do nosso planeta ainda não foi exatamente calculada por especialistas. Portanto, só nos resta estabelecermos modelos diplomáticos e humanitários de comportar as pessoas que estão nascendo e atender as demandas de cada região especificamente.
De acordo com a UNFPA, surgem três soluções potenciais: planejar modelos de governo com antecedência usando dados populacionais, construir instituições e sociedades resilientes que possam prosperar em meio a essas mudanças demográficas, e prosseguir com políticas populacionais centradas nas pessoas e na vida. Conforme destaca o braço das Nações Unidas, a única maneira viável e aceitável de moldar a mudança demográfica é através do empoderamento das pessoas.