Saúde/bem-estar
14/08/2022 às 07:00•2 min de leitura
Segundo as últimas estatísticas, cerca de 8 bilhões de pessoas vivem na Terra atualmente. Porém, se pararmos para pensar, nosso planeta nem sempre foi tão povoado assim. Nossa espécie só surgiu há 300 mil anos e a população total naquele tempo era algo entre 100 e 10 mil pessoas.
Foram necessários mais 35 mil anos para que a quantidade de humanos duplicasse. Depois da invenção da agricultura, entre 15 mil e 10 mil anos atrás, nós alcançamos a marca de 10 milhões de indivíduos. Depois disso, os números foram escalando rapidamente e atingiram velocidades desenfreadas. No entanto, até que ponto o mundo aguenta ter mais pessoas? Entenda qual o limite da Terra para a humanidade nos próximos parágrafos!
(Fonte: Pixabay)
Em 1679, o cientista e inventor do microscópio, Antoni van Leeuwenhoek, estimou que a Terra conseguiria suportar até 13,4 bilhões de pessoas de uma vez só. Em sua teoria, o pesquisador calculou que o território da Holanda correspondia a uma porção de 13,4 mil existentes no planeta. Então, ele decidiu multiplicar a população de 1 milhão de pessoas do país por essa proporção.
Entretanto, essa foi só uma entre as várias estimativas já feitas por estudiosos. Ao longo de sua carreira, o chefe do Laboratório de Populações da Universidade Rockefeller, Joel E. Cohen, analisou 65 estimativas diferentes já publicadas, as quais variavam entre 1 bilhão de pessoas a mais de 1 trilhão de indivíduos coexistindo no mundo em um mesmo período.
As variações nos dados são um grande reflexo da sociedade em que vivemos. Na visão de Cohen, uma população permanecerá estável em um habitat desde que as taxas de natalidade e mortalidade sejam iguais. No entanto, mudanças ambientais, como poluição ou doenças, podem aumentar ou diminuir a capacidade de carga do mundo em que vivemos.
(Fonte: Pixabay)
Tudo o que a humanidade faz ou deixa de fazer acaba sendo determinante para o futuro da nossa espécie. No fim das contas, interações entre economia e cultura, como a maneira que produzimos e consumimos bens, expectativa de vida média ou migrações de povos têm impactos semelhantes no que será de nós.
O nosso futuro é um mix entre sobrevivência e reprodução. Caso as taxas de natalidade continuem altas e isso se mostre algo sustentável e concebível para que a humanidade prospere, o número de indivíduos a partilhar a Terra seguirá crescendo até atingir o seu limite. Caso contrário, esses números inevitavelmente enfrentarão uma redução — possivelmente ameaçando nossa existência.
O crescimento da população global atingiu o pico na década de 1960 e diminuiu desde então. Em 1950, a taxa média de natalidade era de 5,05 filhos por mulher, segundo a Divisão de População da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2020, havia caído para 2,44 filhos por mulher. Logo, tudo indica que nós veremos o pico da população mundial em algum momento no fim deste século.
Segundo os estudos da ONU, esse número deve subir para 10,4 bilhões de pessoas até a década de 2080 e permanecer assim até 2100. Depois disso? Só o tempo poderá nos dizer.