Saúde/bem-estar
29/10/2022 às 07:00•3 min de leitura
Erguidas há mais de 4500 anos, as Pirâmides de Gizé – Quéops, Quéfren e Miquerinos – são monumentos que contam partes da história da humanidade. Porém, ao contrário do que prega o senso comum, elas não são as construções ou lugares mais antigos existentes.
Na realidade, há no mundo outros sítios arqueológicos muito mais antigos do que o trio de pirâmides nos arredores do Cairo, capital egípcia. Mesmo que não possuam o mesmo nível de conhecimento na sociedade, esses espaços são singulares, carregados de muita importância histórica. Conheça outros lugares antigos e importantes de nossa história.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em Israel, nas proximidades do Vale do Jordão, arqueólogos encontraram um material queimado que descobriram ser carvão vegetal petrificado.
Após uma série de testes, a equipe do pioneiro estudo conduzido pelo Dr. Dafna Langgut, do Departamento de Arqueologia e Culturas do Antigo Oriente Próximo, em conjunto com o Museu de História Natural Steinhardt, da Universidade de Tel Aviv, conseguiu datar os achados em cerca de 7000 anos.
No material encontrado, havia ao menos 16 espécies diferentes de árvores, como oliveiras e figueiras. No caso das oliveiras, não naturais do Vale do Jordão, os pesquisadores acreditam que tenham sido plantadas intencionalmente, o que representaria a primeira domesticação da azeitona não apenas no Mediterrâneo, mas no mundo.
(Fonte: Universidad de Huelva/Reprodução)
Descoberta publicada em junho deste ano, o complexo megalítico do sítio arqueológico de La Torre-La Janera contém mais de 500 rochas de aproximadamente 7000 anos. O achado ocorreu enquanto uma equipe desejava usar o espaço para o plantio de abacate. Complexos megalíticos são espaços feitos de menires (o nome que se dá às rochas), e eram usados em monumentos em tempos pré-históricos.
De acordo com o artigo, neste sítio arqueológico está a maior e mais diversificada coleção de menires agrupados de toda Península Ibérica. Parte do conjunto está enterrado profundamente na terra, o que vai demandar uma cuidadosa escavação prevista para iniciar em 2026.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Se Stonehenge te surpreende, o que dizer das pedras no sítio arqueológico de Wurdi Youang, localizado a oeste de Melbourne, na Austrália. Descoberto há pouco mais 6 anos, o espaço contém 90 blocos de basalto cuidadosamente organizados, datados em aproximadamente 11 mil anos.
Pesquisas continuam sendo feitas para identificar o real propósito do espaço, sendo a hipótese dos arqueólogos a de que a área fosse um imenso observatório astronômico. A linha defendida é que os aborígenes tenham usado o espaço para acompanhar o movimento do sol e marcar os solstícios.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Galeria Kimberley Gwion é o nome dado à região encontrada há mais de 100 anos na Austrália pelo fazendeiro Joseph Bradshaw, recheada de pinturas rupestres. O mistério sobre sua datação levou muitos anos.
Inicialmente, acreditava-se que o espaço houvesse sido ocupado e pintado há 17 mil anos. As tintas usadas eram minerais, o que impossibilitava uma análise minuciosa sobre o espaço. No entanto, uma equipe comandada pelo geocronologista Richard Roberts encontrou ninhos de vespas muito antigos no local, e decidiu centrar a pesquisa neles.
Durante 20 anos, Roberts analisou o material sem sucesso, até que o pesquisador Damien Dinch, da Universidade de Melbourne, desenvolveu um novo método capaz de verificar os ninhos. Foi assim que, através de radiocarbono, Dinch determinou que as pinturas da galeria teriam ao menos 12 mil anos.
(Fonte: Griffith University/Reprodução)
Um esqueleto foi encontrado em 2020 por uma equipe de arqueólogos dentro de uma caverna de calcário em Calimatã Oriental, ilha do sudeste asiático, considerada a terceira maior do mundo. No objeto encontrado faltava um pé, o que em muitos momentos poderia ser um desastre para a pesquisa.
Porém, uma análise minuciosa da ossada deixou os arqueólogos impressionados: tratava-se da mais antiga amputação de um membro, com cerca de 31 mil anos. As análises também permitiram verificar que a pessoa dona do esqueleto conseguiu viver por mais uma década sem o pé. Nada mal, hein?