Ciência
16/02/2023 às 08:00•3 min de leitura
Disputada entre 1955 e 1975, a Guerra do Vietnã foi um conflito marcante do século XX entre Vietnã Norte e Vietnã do Sul, com influência direta de países comunistas (China e União Soviética) de um lado e dos Estados Unidos de outro lado – cuja interferência militar no conflito ressoa negativamente na sociedade norte-americana até hoje.
A guerra chocou o mundo pelos impactos gerados aos civis e ao meio ambiente por meio dos bombardeamentos indiscriminados na região — com milhões de mortos deixados para trás e cenários arrasados pela destruição. No entanto, nem todos os detalhes desse conflito eram contados ao público. Veja só seis fatos sobre a Guerra do Vietnã que nunca foram muito difundidos!
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(Fonte: Wikimedia Commons)
De 1945 a 1976, o exército dos Estados Unidos operou sua inteligência de sinais por meio da Agência de Segurança do Exército (ASA). A ASA possuía soldados treinados em comunicação, inteligência militar, criptografia e linguística. Quando os EUA decidiram se envolver na guerra, o pessoal da agência esteve entre os primeiros militares enviados para lá.
Por conta disso, o primeiro soldado norte-americano a morrer em combate terrestre no país foi James T. Davis, da Unidade de Pesquisa de Rádio da ASA. Ele foi morto enquanto tentava rastrear um sinal inimigo em 1961.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A participação dos EUA no Vietnã foi apenas a segunda vez que um país ocidental lutou após a Segura Guerra Mundial — conflito que ditou o ritmo dos acontecimentos subsequentes. Antigamente, o Vietnã fazia parte da Indochina, território comandado pelos franceses.
Enfraquecida pela guerra, a França perdeu parte do controle na região por volta de 1940, quando o Japão resolveu investir na área. A tentativa de retomada da região por parte dos franceses gerou a Primeira Guerra da Indochina, entre 1946 e 1954. Essa luta é considerada o "primeiro round" da independência do Vietnã, cenário que só piorou conforme os anos progrediram.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1963, o presidente sul-vietnamita e governante fantoche dos EUA, Ngo Dinh Diem, estava em perigo. Seu regime, que era marcado pelo nepotismo, suborno e corrupção, era extremamente impopular. Por isso, protestos eclodiram em todo o país e foram brutalmente reprimidos pelas forças de segurança do Estado.
Isso apenas acrescentou combustível ao fogo e deu aos sul-vietnamitas mais motivos para protestar. Antes do governo finalmente ruir, os Estados Unidos tiveram algumas ideias para apoiá-lo. Uma delas foi chamada de "Operação Sober Popeye", quando o governo norte-americano tentou semear nuvens de chuva para atrapalhar os planos dos protestantes.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em determinado ponto da Guerra do Vietnã, os EUA traçaram planos para realizar uma invasão direta que eliminaria qualquer chance do Vietnã do Norte tentar tomar conta dos seus vizinhos sulistas. A ideia era fazer algo parecido com a invasão da Normandia, coordenando uma invasão marítima com três divisões anfíbias que desembarcariam nas praias de Haiphong.
Por sorte, a ideia nunca foi para frente. Ela era considerada muito perigosa, visto que as chances da China entrarem na briga seriam enormes. Nesse caso, as possibilidades do conflito ter tomado proporções ainda maiores teria aumentado consideravelmente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Por muito tempo, o governo dos Estados Unidos forneceu informações para sua população sobre como uma "vitória" no Vietnã era praticamente inevitável — algo sustentado por William Westmoreland, general do exército. No entanto, a fé em tal otimismo estava em declínio no final de 1967.
No início de 1968, os comunistas lançaram um ataque maciço chamado de Ofensiva Geral e Revolta de Tet Mau, que descredibilizou o trabalho de Westmoreland. Apesar da Ofensiva Tet ter se tornado uma vitória militar americana, a imagem do exército americano foi completamente arruinada na imprensa e criou-se uma descrença nos rumos da guerra.
No fim das contas, a grande derrota dos EUA surgiu pelo fato de sua população não enxergar mais sentido no que acontecia em território estrangeiro.