Ciência
01/04/2023 às 07:00•2 min de leitura
Sabe aquela bucha vegetal utilizada para limpar o corpo durante o banho e para esfoliar a pele? Ela também é comestível quando está verde, podendo aparecer como uma opção diferente para complementar os mais variados tipos de pratos.
Cientificamente chamada de Luffa cyllindrica, ela pertence à família das cucurbitáceas, a mesma da melancia, da abóbora e do pepino, com formato semelhante ao deste último. Quando madura, ela fornece uma esponja fibrosa popularmente utilizada na higiene pessoal e na limpeza geral como alternativa às esponjas de poliuretano.
(Fonte: Getty Images)
Originária da Ásia, onde já é usada de diferentes formas há milhares de anos, a lufa, como também é chamada, começou a se popularizar como esfoliante no continente europeu por volta do final do século XIX. Isso aconteceu graças ao naturopata alemão Louis Kuhne.
No final dos anos 1800, Kuhne começou a difundir a ideia do “banho de fricção”, ajudando a mudar o costume de evitar banhos que surgiu durante a Peste Bubônica. A bucha vegetal era o acessório preferido dele para a higienização.
(Fonte: Getty Images)
Já o uso culinário da bucha vegetal verde pode acontecer de diferentes maneiras. Antes de mais nada, vale ressaltar que as versões comestíveis são as do tipo lisa e a bucha de costela, mais encorpadas e suculentas, enquanto a buchinha do norte (Luffa operculata), de porte menor, não tem o consumo recomendado por ser tóxica.
Muito comum em receitas de origens vietnamitas, chinesas, tailandesas e filipinas, a bucha comestível é um legume de sabor adocicado, geralmente refogada com carne, soja e outros legumes. Ela também pode ser consumida em conservas, molhos ou até mesmo crua.
Outra receita popular é a da bucha recheada com carne e queijo, preparada de forma semelhante à abobrinha recheada. Há ainda a possibilidade de colocar as sementes da lufa para torrar, no sol ou no forno, para consumi-las como petiscos.
Fonte de vitamina A, antioxidantes e minerais (manganês, potássio e cobre), a bucha vegetal verde pode proteger a função hepática, auxiliar na melhora da visão e no alívio de constipações. Seus benefícios nutricionais também costumam ser procurados por quem quer perder peso.