Ciência
09/07/2023 às 10:00•2 min de leitura
Em junho, a notícia de que um grupo mercenário russo iniciou uma rebelião causou um grande temor no mundo todo. O Grupo Wagner, fundado em 2014, ganhou notoriedade ao sinalizar um motim dentro da própria Rússia ao assumir o controle do quartel general militar na cidade de Rostov-on-Don.
Dois dias depois, o Grupo Wagner cancelou o motim. Toda a história chamou a atenção porque o Grupo Wagner sempre se colocou como uma empresa militar privada – ou seja, um grupo de combatentes que age em conflitos variados pelo mundo conforme são contratados.
Talvez você não saiba, mas há outros grupos de mercenários que desempenharam esta mesma função ao longo da história. Neste texto, você conhece a história de quatro deles.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os besteiros genoveses foram uma das forças militares de elite mais importantes e habilidosas na época da Europa medieval. Estes mercenários tinham domínio de uma arma fantástica: a besta – uma arma parecida com um arco que consegue disparar até seis tiros ao mesmo tempo.
O grupo iniciou em 1338 e protegia a República de Gênova, mas também atuou de forma mercenária vendendo o seu serviço para várias cidades e monarquias europeias. Além da besta, eles também carregavam outros equipamentos: uma faca, um capacete de metal e um escudo que protegia cada soldado no momento em que eles recarregavam a arma.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os hussardos eram um grupo militar de elite da Polônia. Durante o século XVI, eles atuaram como uma tropa de cavalaria que atacava os inimigos com um aparato pesado. Suas longas lanças eram capazes de empalar vários inimigos de uma só vez.
Este grupo mercenário saiu vencedor de muitos combates, incluindo a famosa Batalha de Viena, em 1683, na qual os soldados ajudaram a derrotar as poderosas forças otomanas.
Contudo, com a criação das armas de fogo e o surgimento de outros grupos militares, eles acabaram perdendo sua força e o grupo foi dizimado. Ainda assim, sua reputação permanece viva na história polonesa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os Dez Mil foram um grupo de mercenários gregos contratados pelo príncipe Ciro, o Jovem, para tirar seu irmão, Artaxerxes II, do trono da Pérsia. O grupo era formado por cerca de 10 mil soldados gregos que foram acompanhados por 100 mil soldados nativos.
Curiosamente, Ciro acabou morto na batalha, mas os mercenários gregos acabaram vencendo o ataque, destacando-se como uma das forças paramilitares mais poderosas de sua época. A tropa chegou a ser comandada por vários generais conhecidos, como Xênias, o Árcade, Próxeno, o Beócio e Clearco de Esparta.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os Tigres Voadores foram um grupo de voluntários americanos que operou a partir de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Formado por pilotos da força aérea, da marinha e do corpo de fuzileiros navais, o grupo foi enviado ao front chinês para atuar na defesa americana contra o Japão.
Eles se tornaram conhecidos por causa dos seus aviões de combate pintados com a cara de um tubarão – ideia que eles tiraram dos aviões Messerschmitt Bf-110, usados pelos alemães.
Os Tigres Voadores participaram de várias missões de combate aéreo contra as forças japonesas e, mesmo estando em menor número e sendo menos potentes, muitas vezes saíram vencedores.
Apenas por curiosidade, estes combatentes eram contratados não pela força militar americana, mas por uma empresa privada, que pagava a eles quase três vezes mais do que recebia um oficial americano. Eles ainda ganhavam um bônus por cada avião inimigo que fosse derrubado.