Fazer p@r*# nenhuma virou esporte competitivo na Coreia do Sul

23/12/2016 às 10:012 min de leitura

A apuração foi feita pela Vice, que entrevistou a precursora da modalidade: uma artista visual que criou um evento e viu o sucesso sorrir para ela. Desde então, várias competições têm sido realizadas e ela espera até exportar a modalidade para outros países. Entenda melhor essa história:

Em 2014, a artista WoopsYang afirmou: "estava sofrendo de uma síndrome de burnout naquele tempo, mas me sentia extremamente ansiosa se eu estava num local sem nada para fazer, não sendo produtiva de um jeito ou de outro"

Entremeio a esse nervosismo, ela pensou consigo mesma e tomou uma atitude: "nós nos sentíriamos muito melhor se não fizéssemos nada em grupo". Esta foi a válvula de escape, se ela não conseguia fazer sozinha, quem sabe outros pudessem ajudá-la

Então ela abriu um concurso: várias pessoas reunidas em um local com juízes e uma série de regras que eliminariam as pessoas. Isso faria com que elas se esforçassem mais para se focar e aperfeiçoar sua habilidade em "não fazer nada" (ou meditar, como você queira chamar)

E como funciona? O evento dura 90 minutos e todos os participantes que não seguem a regra de "não fazer nada" são eliminados. Se você dormir, está eliminado. Achou algo engraçado e riu? Eliminado. Usou qualquer dispositivo eletrônico que trouxe consigo? Fora

Por isso, neste ambiente não há ninguém conversando, trocando mensagens, tirando selfies, andando de um lado para o outro... As pessoas fazem absolutamente nada. Tirando o narrador que acompanha o embate ao vivo e faz a cobertura para diversos estranhos que se entretêm assistindo

Se os participantes ficam desconfortáveis, eles podem usar placas para se hidratar ou ir ao banheiro E os juízes ficam de olho em tudo. Quem acha que a tecnologia está completamente banida, está enganado. Para analisar a prova, os participantes usam sensores cardíacos que são medidos a cada 15 minutos para saber se estão "susse" mesmo. Quem têm a maior variação é eliminado. E assim vai até o fim da competição

Tem quem se inscreva em algo assim? Ô se tem: o evento de 2016, que aconteceu em Seoul, tinha apenas 70 vagas e mais de 2 mil pessoas se inscreveram. E ele não acontece no fim de semana não, foi em plena segunda-feira de manhã (para aumentar o desafio!). Rsrs

WoopsYang inclusive os encoraja a ir com sua roupa de trabalho (seja ela um terno, um jaleco ou uniforme), criando um completo contraste de paz no meio do caos urbano, uma vez que os eventos acontecem em lugares abertos

O vencedor deste ano foi um rapper local chamado Shin Hyo-Seob, ele afirmou que estava "Muito determinado a ganhar. Pratiquei em casa"

Existem muitas pesquisas que afirmam que o nosso cérebro precisa de um tempo de recuperação para criar memórias. Precisamos nos desconectar. Será que você conseguiria? Eu tenho certeza que ao fazer p@r*# nenhuma eu conseguiria me tornar campeão. Só resta saber se longe da telinha do celular. E vocês?

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