Ciência
02/07/2019 às 07:00•3 min de leitura
A Índia é um lugar de contrastes, onde a tradição e a modernidade convivem no mesmo espaço e produzem uma nação que espelha estas diferenças. Prova disso é que, ao mesmo tempo que é o principal produtor de algumas culturas agrícolas, o país de 1,3 bilhão de habitantes também é referência mundial em tecnologia da informação e exportação de software.
Das águas sagradas do rio Ganges à Cordilheira do Himalaia — o teto do mundo —, a Índia abriga locais que contam a história da própria humanidade, e, pelas esquinas movimentadas das suas megacidades, ela nos revela as razões que a fazem provocar tanto fascínio. A seguir, você descobre alguns fatos pouco conhecidos sobre esta incrível nação asiática:
Obra de milhares de homens e animais ao longo de 22 anos no século 17 e visitado anualmente por 2 milhões de turistas, o Taj Mahal, localizado em Agra, ao norte do país, recebeu um reforço em sua estrutura durante a Segunda Guerra Mundial. Para evitar eventuais bombardeios aéreos, foi montado na cúpula da construção um grande andaime feito de bambus.
Não é preciso trabalhar em institutos de pesquisa ou na Polícia Militar para afirmar que alguns eventos na Índia reúnem milhões de pessoas. Um deles, chamado Maha Kumbh Mela, já chegou a receber 40 milhões de adeptos do hinduísmo. Considerado o mais importante festival da religião, ele dura 55 dias e é celebrado a cada 3 anos em 4 cidades.
Os vendedores ambulantes da Índia comercializam de legumes cultivados em suas próprias hortas a produtos eletrônicos de todo o tipo. Mas também são oferecidos serviços um tanto inusitados, tais como limpeza de orelhas e narinas, previsões astrológicas e até mesmo extração de dentes.
Em um lugar onde são falados mais de 800 dialetos, a comunicação, muitas vezes, depende exclusivamente da linguagem corporal. No sul do país, apontar um polegar para a boca pode significar algo como “você comeu alguma coisa?”, e balançar a cabeça da direita para a esquerda dá a entender que você está concordando com alguém. Ficou confuso? Tudo bem! Há canais no YouTube que ensinam a gesticular corretamente.
O complexo sistema ferroviário indiano conta com mais de 65 mil quilômetros de linhas férreas. Apenas para efeito de comparação: é como percorrer 9 vezes a extensão do litoral do Brasil, de Norte a Sul. Atravessando megalópoles, aldeias remotas e serpenteando por encostas sinuosas, os comboios da Indian Railways — estatal que opera a malha ferroviária do país — incluem trens de alta velocidade, de luxo e, também, modelos com o tempo de vida útil ultrapassado.
Maior democracia do mundo, a Índia possui cerca de 814 milhões de eleitores. Nas eleições parlamentares de 2014, mais de 540 milhões de cidadãos foram às zonas eleitorais — contingente que corresponde a 66,38% de todo o eleitorado em condições de votar. Outro detalhe sobre os números expressivos da população indiana é que metade dos seus 1,2 bilhão de habitantes são jovens com menos de 25 anos.
Desde que a Índia se tornou independente da Inglaterra, na década de 1940, o cinema foi responsável por unificar essa nação tão marcada por diferenças étnicas e religiosas. Mas foi a partir da década de 1990 — quando experimentou índices de crescimento econômico em torno dos 8,5% ao ano — que a produção de filmes no país tomou escala industrial.
Com uma média de mil lançamentos por ano, a sétima arte feita por lá visa atender, sobretudo, ao mercado interno e aposta em musicais e enredos melodramáticos tão demorados que há sempre uma pausa no meio do filme para que os espectadores comprem mais pipoca.