
Ciência
06/11/2017 às 06:22•2 min de leitura
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan revelou que, ao contrário do que se possa imaginar, as mulheres são duas vezes mais prováveis a decidir acabar com um casamento do que os homens.
O estudo analisou 355 casais heterossexuais ao longo de 16 anos – as mulheres relataram níveis mais altos de tensão no início do casamento, e os homens se diziam mais tensos à medida que a relação progredia.
Kira Birditt, autora da pesquisa, disse que, quando os maridos experimentam baixos níveis de tensão, podem indicar que estão investindo pouco no casamento: “Eles podem acreditar que é desnecessário mudar ou ajustar o comportamento”, explicou, em declaração publicada no IFL Science.
Os casais que participaram do estudo foram ouvidos no primeiro, no segundo, no terceiro, no quarto, no sétimo e no décimo sexto ano de casamento – além disso, a pesquisa incluiu dados de outro levantamento, o projeto Early Years of Marriage, que começou em 1986.
Os participantes falaram sobre suas experiências relacionadas a ressentimentos e irritações e também sobre como se sentiam depois das discussões com seus cônjuges. Para Birditt, as esposas parecem ter expectativas mais realistas do casamento, e os maridos parecem ter visões idealizadas de suas companheiras.
Uma pesquisa de 2015, que contou com a análise da vida conjugal de mais de 2 mil casais, revelou que quase 70% dos divórcios são iniciados pelas mulheres – para o autor desse estudo, Michael Rosenfield, as mulheres tendem a acabar com os casamentos porque não se contentam com a baixa qualidade da relação.
“Por outro lado, acredito que as relações não conjugais não possuem a bagagem histórica e as expectativas de casamento, o que torna as relações não conjugais mais flexíveis e, portanto, mais adaptáveis às expectativas modernas, incluindo as das mulheres em relação a uma maior equidade de gênero”, concluiu Rosenfield.
No estudo de Birditt, 40% dos 355 casais acabaram se divorciando ao longo dos anos. Para a pesquisadora, isso ressalta que homens e mulheres têm pensamentos diferentes sobre o que define se uma relação é de qualidade ou não. E você, concorda?