Mistérios
22/01/2018 às 12:06•1 min de leitura
Para quem vive longe do litoral, não há nada mais revigorante do que, em pleno verão, se banhar em um mar de águas cristalinas e fincar o guarda-sol na macia areia branca de uma praia. Esse tipo de paraíso que estamos acostumados a desfrutar aqui no Brasil em nada lembra a Praia Vermelha, um dos cartões-postais de Panjin, no nordeste da China.
Mesmo sem faixa de areia, ondas que se quebram na beira-mar e veranistas desfilando na orla em seus trajes de banho, o local — que fica próximo ao Mar Amarelo — é palco de um fenômeno que acontece apenas no outono. É nessa época do ano que ervas daninhas, chamadas de sueda, que crescem em solos com grande quantidade de sal, adquirem tonalidade avermelhada e fazem a paisagem parecer um interminável tapete escarlate. Nos meses mais quentes, elas têm a cor verde e não atraem a mesma multidão de curiosos.
Com o objetivo de proteger esse frágil ecossistema dos impactos ambientais do vertiginoso processo de urbanização chinês, a maior parte da área é mantida inacessível ao grande público. Porém, apesar dos esforços dos conservacionistas, nos últimos anos, vêm surgindo inúmeros empreendimentos do ramo de hotelaria no entorno da reserva natural, interessados em aproveitar o potencial turístico da Praia Vermelha.
Se, por um lado, o ecoturismo coloca em risco espécimes que só existem por ali, por outro, tem se tornado uma das principais fontes de renda dessa cidade costeira. Antes remota e distante, agora ela conta, inclusive, com uma linha ferroviária vinda da capital do país, Pequim, situada a mais de 600 quilômetros de distância e cuja viagem dura cerca de 3 horas.
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