Artes/cultura
26/03/2018 às 09:01•1 min de leitura
Em poucas décadas, o Japão deixou para trás o seu passado agrário para despontar no cenário mundial como uma das economias mais promissoras e consolidadas do globo. O vertiginoso crescimento do PIB do país asiático, porém, também teve suas consequências negativas, e em japonês, inclusive, há uma palavra que as descreve com precisão: karoshi. Esse termo pode ser traduzido literalmente como "morte súbita por excesso de trabalho".
Em uma cultura na qual a posse de bens materiais e a prosperidade econômica são tradicionalmente enfatizadas, é comum encontrar pessoas realizando jornadas de trabalho extenuantes, acumulando dezenas de horas extras por mês e adoecendo por conta da pressão por resultados. Por viverem em função das suas profissões, muitos japoneses acabam levando uma vida solitária, mesmo morando em meio ao caos das pujantes metrópoles do país.
Interessado em retratar a realidade de uma geração viciada em trabalho, o fotógrafo Hiroharu Matsumoto resolveu sair pelas ruas de Tóquio e Yokohama para registrar o lado oculto do desenvolvimento da Terra do Sol Nascente. Brincando com a luz e a sombra, ele capturou imagens minimalistas de pessoas solitárias, cercadas pela arquitetura simétrica e quase sufocante das construções dessas cidades japonesas.
Em sua página oficial, Matsumoto diz que, através desse ensaio fotográfico, intitulado "Quiet Tokyo", ele procura expressar a solidão cosmopolita que percorre o espaço artificial das metrópoles do Japão. A seguir, você confere uma galeria com algumas dessas imagens que descrevem o silêncio dos espaços públicos da terceira maior economia global:
Galeria 1