Estilo de vida
27/03/2018 às 09:01•2 min de leitura
Algumas pessoas simplesmente têm talento, enquanto outras precisam trabalhar duro para alcançarem o sucesso que desejam. Essa oposição entre inteligência e iniciativa aparentemente não é só uma máxima de palestrantes motivacionais.
A psicóloga Carol Dweck, da Universidade de Stanford, passou a vida inteira estudando a relação entre performance e atitude.
Entre outras considerações, Dweck descobriu que as atitudes centrais das pessoas se enquadram em uma das duas categorias: uma mentalidade fixa ou uma mentalidade de crescimento.
Sabe aquela história de que pessoas medíocres não enxergam que são pouco competentes? O raciocínio é até bem parecido. O que ela percebeu foi que o grupo da mentalidade fixa acredita que é o que é, que não consegue mudar — enxerga as próprias limitações, mas para por aí.
Enquanto isso, pessoas com a mentalidade de crescimento creem que, se se esforçarem o suficiente, podem melhorar.
Em outras palavras, quem tem o que ela classificou como mentalidade fixa acredita que os desafios que aparecem são mais do que o sujeito consegue lidar. Não é bem uma questão de arrogância, é quase o inverso.
Por outro lado, o outro grupo tem mais chances de ir além porque não se limita a um determinado ponto. Mesmo tendo QIs menores, essas pessoas se abrem a desafios e, para elas, toda vez que uma oportunidade aparece, é uma chance de aprender algo novo.
Basicamente, quem confia demais na inteligência acaba se acomodando.
Outro ponto importante, segundo Travis Bradberry, que escreveu um artigo no LinkedIn sobre a pesquisa, é o efeito do erro sobre cada um dos tipos de pessoas. Falhar, para alguém com mentalidade de crescimento, é aceito como parte do processo.
Nem de longe, segundo os especialistas, essa divisão significa que os inteligentes estão fadados ao fracasso.
Entre as estratégias que podem ser usadas para manter uma carreira ascendente, eles sugerem: não se acomode! Vá até onde você acha que consegue e não pare por aí. Tomar a iniciativa, transformar a ideia em ação mesmo que desconfie das suas habilidades e conhecer as limitações são parte do processo de tomada de atitude.
E quando aquela sensação de desespero e fraqueza aparecer, respire, peça ajuda e não deixe a sensação dominar você. Pensar em algo positivo e lembrar do que você é capaz — e do quanto quer se dedicar — ajuda, e muito!
Acreditar em si mesmo é esperar resultados das suas ações — inclusive os ruins. Quem tem mentalidade de crescimento sabe que vai falhar, eventualmente, mas aprende a contar com essas falhas e estar preparado para elas, ser flexível com as mudanças de planos que acontecem por isso.
E não reclame! Por mais clichê que possa parecer, reclamar é um sinal de que você não está vendo o lado positivo das coisas. E pessoas com mentalidade de crescimento realmente conseguem ver!