Ciência
12/08/2018 às 10:01•3 min de leitura
Os celulares chegaram ao mundo para abalar as estruturas de tal maneira que hoje não é incomum ver bebês se distraindo em frente à tela de um. Mas isso é relativamente recente: há algum tempo, o aparelho era artigo de luxo, relativamente caro, e não tinha essa praticidade de fazer de tudo e ter aplicativos. Basicamente, ele permitia ligações, envio de mensagens de texto a um preço não muito baixo e, às vezes, vinha com o famoso jogo da cobrinha.
Muitos dos nossos leitores passaram boa parte da infância tendo que se virar sem internet ou celular; já outros cresceram junto com toda essa tecnologia. Relembre/conheça como era vida!
Hoje nós só vemos esse tipo de câmeras com fotógrafos profissionais ou com os amadores, mas antes dos celulares o único jeito de conseguir fotos era por meio de uma câmera. E depois as pessoas ainda tinham que esperar para que elas fossem reveladas. Ver a imagem na hora e decidir se ficou boa não era uma possibilidade. Por isso, um dos horrores na época era buscar as revelações e descobrir que algumas haviam saído com um borrão porque quem estava fotografando colocou o dedo na frente da lente.
Foi uma verdadeira febre quando surgiram aplicativos com filtros que deixavam suas fotos parecendo profissionais. Antes dos celulares mais modernos, isso não era uma opção. Ou você contava com um fotógrafo profissional ou com a perícia de alguém que tivesse um “olho bom” para registrar fotos bacanas.
Hoje a gente tira milhares de fotos com o celular, armazena onde acha melhor e posta em diversas redes sociais. Mas, quando a única opção era a câmera fotográfica, as pessoas tinham que contar com o número de fotos que coubessem nos negativos. Por isso, normalmente eram feitas imagens de momentos mais importantes, que depois iam parar em um álbum de fotos enorme, mas não sem ter os negativos guardados em um saquinho ou uma caixinha como backup.
Quem precisava se achar em um lugar novo só podia contar com duas coisas: pedir informações ou levar um mapa (às vezes, até precisava dos dois). Para viagens: mapas de estradas. Para as cidades, normalmente o motorista deixava um livrinho-guia já dentro do carro.
O esquema para “carregar” um aparelho com músicas por aí também foi evoluindo com o tempo. Antes as pessoas tinham radinhos de pilha onde se ouvia a programação local ou alguma fita com músicas gravadas. Depois, surgiu a opção dos discmans; o problema era que, dependendo da velocidade da caminhada ou dos tropeços no trajeto, o CD podia pular bastante dentro do aparelho, o que interferia na música e podia até estragar o disco. Só mais tarde foram lançados os aparelhos MP3 e MP4.
Foi só depois de um tempo que os celulares passaram a reproduzir MP3; antes, quem já tinha celular e queria ouvir música precisava carregar os dois.
Se você precisasse calcular algo, tinha que ser bom em fazer contas de cabeça ou carregar uma pequena calculadora de bolso. Na verdade, mesmo depois da criação dos celulares, isso ainda era necessário, já que os primeiros modelos nem sempre tinham esse tipo de aplicativo.
Os jogos eram de tabuleiro, em consoles conectados à televisão, em games portáteis, ou então as brincadeiras eram feitas na rua mesmo, como jogar vôlei usando o portão de casa como rede. Na verdade, quando se tratava de usar a criatividade para alguma brincadeira, o céu era o limite, afinal as pessoas sempre buscavam meios novos para se divertir.
A tal da secretária eletrônica era uma coisa bem legal. As pessoas deixavam uma mensagem que ficava gravada em uma fita, e depois você ouvia e retornava a ligação. Hoje nós temos algo bem semelhante nos celulares, que é a caixa de mensagens, mas a maioria das pessoas não é muito fã desse recurso.
Muitas pessoas tinham uma agendinha em casa com os números de telefone de todos os conhecidos, mas não era a coisa mais prática do mundo carregá-la para todos os lados, então muita gente decorava os números mais importantes.
Existiam também as famosas “Páginas Amarelas”, um compilado gigantesco de números de telefone da cidade que a maioria das pessoas tinha em casa.
Claro que existem pessoas superdesprendidas que conseguem desligar o celular por alguns dias e se isolar do mundo, mas é bem raro. Normalmente, estamos com ele na mão e conversando com alguém por mensagem, o que faz com que possamos estar sozinhos fisicamente, mas acompanhados o tempo todo.
Antes do celular, era comum que as pessoas passassem tempo realmente sozinhas, sem as distrações proporcionadas pelo aparelho e sem os GIFs de “bom dia”.
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