Ciência
24/08/2018 às 04:30•2 min de leitura
Com a popularização das redes sociais, é cada vez mais fácil perceber como as pessoas procuram se encaixar em padrões. Mesmo os que se dizem mais desligados dessa questão acabam ficando diferentes da mesma forma. Outro ponto comum entre grande parte das pessoas são suas cores e seus números prediletos. Inclusive, podemos testar isso agora: escolha sem pensar muito qual a sua cor favorita dentre as que aparecem no banco abaixo e, em seguida, escolha um número de 1 a 10.
Claro que nem todos preferem as mesmas cores e números, mas as probabilidades de que você tenha escolhido a cor azul e o número 7 são bem grandes. Os resultados de diversas pesquisas acusam resultados semelhantes, suficientes para que a escolha seja classificada como um fenômeno psicológico chamado “azul-sete”.
O fenômeno acontece, e isso é inquestionável. A segunda posição na escolha de cores é o vermelho, com o branco mantendo grande parte da preferência, principalmente no oeste da Ásia. Em relação aos números, quem não escolhe o 7 acaba citando um ímpar, como 1, 3 ou 5.
Apesar de as escolhas se repetirem, os cientistas não conseguem explicar de forma global o motivo dessa tendência, mas obviamente eles possuem algumas teorias. Em uma revisão dos estudos que tratam do assunto, feita em 2015, a japonesa Miho Saito, da Universidade de Waseda, percebeu que o 7 é considerado um número de sorte em diversas culturas. Ela também analisou as cores, percebendo que o azul é visto como neutro em praticamente todos os lugares do mundo.
Quando é solicitada uma explicação para as escolhas, os participantes do estudo sempre se referem a elas como agradáveis, bonitas e brilhantes. Em alguns casos, a justificativa foi mais específica, como pessoas que optaram pelo número 1 porque é a posição que desejam para suas vidas. A tendência na escolha do branco por moradores do leste asiático poderia ser embasada pela religião, pois sacerdotes xintoístas vestem essa cor como símbolo de pureza.
Um dia, talvez, psicólogos consigam explicar essa tendência, mas sempre com a certeza de que não é uma regra geral. Nosso cérebro é complexo demais para ser definido de forma tão simplória, pelo menos enquanto algoritmos de inteligência artificial não se desenvolverem a ponto de analisar nossos pensamentos mais profundos...
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