Ciência
29/05/2019 às 07:01•2 min de leitura
Não é raro ficarmos sabendo de cães que sentiram profundamente o falecimento de seus donos – e inclusive existem relatos de animais de estimação que fizeram vigília junto às sepulturas de seus humanos. Mas esse não é o caso da história que vamos contar a seguir. Aliás, se você é “cachorreiro”, se prepare para ficar revoltado!
De acordo com o pessoal do site Oddity Central, recentemente, em Chesterfield, na Virginia, EUA, uma cachorrinha saudável da raça Shih Tzu foi sacrificada para atender aos desejos expressos por sua dona em testamento, que queria que a pobrezinha fosse sepultada com ela quando esta falecesse. Pois a mulher morreu – e o bichinho foi submetio à eutanásia para que seu corpinho pudesse ser cremado e posteriormente enterrado com a animal de sua humana.
A cadelinha se chamava Emma e, após a morte da dona, permaneceu sob a custódia de um abrigo para animais de Chesterfield. Os funcionários do local tentaram repetidamente convencer os advogados responsáveis pela execução do testamento a transferirem a guarda da Shih Tzu, uma vez que a cachorra era adorável e certamente seria adotada por outra família rapidamente.
Mas não teve jeito e, no final de março deste ano, Emma foi levada a uma clínica veterinária para ser sacrificada. Revoltante, você não concorda? No entanto, segundo o Oddity Central, em alguns estados norte-americanos, os animais de estimação são considerados como propriedades privadas de seus donos e, portanto, se esse for o desejo de seus proprietários, as criaturas podem ser sacrificadas quando eles acharem apropriado, inclusive após o seu falecimento – como foi o caso agora.
Você teria coragem? (Reprodução / Oddity Central)
Além disso, na Virginia é permitido por lei que animais de estimação sejam sepultados com seus humanos, e não é raro que os habitantes desse estado exerçam esse direito. Voltando à eutanásia, quando se trata de um bichinho muito idoso ou doentinho – e que dificilmente será adotado –, é relativamente comum que os familiares do dono falecido optem por sacrificar o animal. Mas essa não era a situação com Emma, que era perfeitamente saudável e muito dócil, e o caso obviamente gerou uma avalanche de críticas.
Ativistas e defensores de animais alegam que os bichinhos deveriam deixar de ser tratados como propriedade privada, uma vez que esse passo ajudaria a evitar que situações como essas se repitam. Além disso, antes de simplesmente executar o testamento, os advogados e o veterinário deveriam ter consultado um juiz – autoridade que certamente teria evitado que Emma fosse sacrificada sem necessidade. Uma pena, você não acha?