Estilo de vida
03/09/2019 às 02:00•3 min de leitura
Você consegue imaginar que, em um primeiro momento, séculos atrás, o chocolate foi visto com suspeita e até certo ponto relutância? Inacreditável, não é mesmo? Mas, foi isso mesmo. Depois, ele se tornou remédio para finalmente se tornar esse manjar que “vitimou” milhares de pessoas por todo o mundo transformando-os em chocólatras.
Popular, o chocolate acaba escondendo alguns fatos curiosos, outros incomuns e outros até mesmo desagradáveis que envolvem todo o setor que o faz chegar nas nossas mesas. Confira aqui uma lista com 5 informações não tão populares assim.
Quando as mães dizem que se deve comer chocolate devagar, raramente alguém as ouve, mas deveriam. Com 600 moléculas de aroma, o chocolate precisa de um tempo para ser apreciado. Cientistas estudaram os 600 produtos químicos e descobriram que para criar o perfume de cacau são necessários apenas 25. Isso é importante porque o sabor vem do olfato, uma vez que ao colocar o chocolate na boca, a manteiga de chocolate derrete e as moléculas se dispersam nas passagens orais e nasais, por isso que, para saboreá-lo de fato, é necessário tempo. Os produtos químicos deixam de funcionar e perdem sabor quando o chocolate é ingerido com muita rapidez.
(Fonte: Pixabay)
Um estudo realizado em 2019 com voluntários que se ofereceram para “testar” chocolates comprovou que a embalagem faz diferença. Em um primeiro momento, os voluntários provaram o chocolate sem qualquer embalagem. Depois, já com a embalagem, eles tiveram que descrever os sentimentos que o produto produzia, além de pontuar o sabor e as chances de comprá-lo no mercado. E foi aí que a embalagem fez diferença nas classificações. As notas de sabor caíram quando a embalagem era “decepcionante”. As embalagens sofisticadas tiveram uma chance maior de serem adquiridas e, embora o sabor fosse grande fatos, a aparência se provou surpreendentemente poderosa.
(Fonte: Pixabay)
O xarope de chocolate é item essencial em sorveterias do mundo todo, mas no século XIX ele era item essencial de farmacêuticos. Isso mesmo. Eles compraram, à época, pó de cacau amargo e misturaram com grandes doces de açúcar, formando um xarope espesso, utilizando-o para tratamento de dor de cabeça. Além disso, o xarope era uma boa arma para fazer com que as crianças aceitassem os remédios menos saborosos. E como ele foi parar na cozinha? Naquela época, farmacêuticos agiam em outras frentes e muitos também vendiam lanches. Bom, assim não demorou para o xarope sair da prateleira destinada aos fármacos para a destinada aos lanchinhos.
(Fonte: Pixabay)
O comércio de marfim foi proibido há 30 anos, mas por ser muito valiosas, as presas de elefantes continuaram movimentando um mercado paralelo. Só em 2011, estima-se que cerca de 50 mil elefantes tenham sido mortos com base na quantidade de martim apreendido. E para conseguir passar pelas fronteiras, os contrabandistas usam muitos artifícios. Em 2013, funcionários de Macau fiscalizaram a bagagem de dois homens porque ficaram desconfiados ao encontrar 583 barras de chocolate com um peso bem incomum. O estoque pesava 34 quilos. Eles abriram as “barras” e mergulharam em água morna e descobriram que se tratava de marfim revestido de chocolate com valor que superava os US$ 76 mil. No ano anterior, 90 “focas” de marfim revestido de chocolate já haviam sido apreendidos.
(Fonte: Live Science)
Se você é fã dos chocolates Nestlé, talvez seja bom prestar atenção aqui. Durante anos a empresa foi alvo de denúncias e acusações de trabalho infantil, uma delas inclusive falava em sequestro e em como seguranças literalmente abriam os pés de crianças que tentassem fugir das fazendas de cacau. A Nestlé então contatou a Fair Labor Association para fazer auditorias anuais nas fazendas da Costa do Marfim, maior fornecedor de cacau do mundo. Em 2014, 260 fazendas fornecedoras da Nestlé foram visitadas e o que encontraram não foi nem de longe a imagem feliz que a empresa vende. Haviam 56 crianças menores de idade, 27 delas com menos de 15 anos. Aproximadamente 24 crianças não eram alfabetizadas porque trabalhavam ao lado das famílias e pelo menos uma criança foi forçada a trabalhar sem remuneração. A FLA afirmou que a Nestlé tentou corrigir a situação, mas os agricultores não seguiram a recomendação. Advogados de direitos humanos, no entanto, garantem que a Nestlé não pode, ou não quer resolver o problema e que uma autoridade independente deve regular todo o setor.
(Fonte: Pixabay)