5 lendas criadas pelos homens para explicar fenômenos naturais

27/09/2019 às 12:003 min de leitura

A humanidade nem sempre entendeu os motivos e os processos da natureza e dos seus fenômenos. Hoje, por exemplo, já sabemos que os raios são causados pela eletricidade estática gerada pelo atrito das inúmeras partículas de água e gelo em uma nuvem. Esse processo de conhecimento, porém, levou milhares de anos para acontecer (e ainda está acontecendo em muitas áreas). 

Antes da introdução do raciocínio científico, as respostas a algumas perguntas como "o que produz um raio?" eram encontradas apenas na mitologia e nas lendas. Confira abaixo cinco exemplos de histórias e contos que tentavam explicar as forças da natureza.

5. Tsunami, o espírito do mar

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

Para os moken, um povo que vive em algumas ilhas perto das costas de Mianmar e da Tailândia, os tsunamis são causados por Katoy Oken, um espírito do mar que envia "ondas monstruosas" para purificar as pessoas, espiritual e fisicamente. 

Na lenda, conta-se que as pessoas sentiram a terra tremer, derrubando cocos das árvores. Eles sabiam que essa era a onda despertada e enviada por Katoy Oken. Recolheram os cocos caídos e foram para o mar na esperança de que a fúria do espírito seguiria para a ilha e ignoraria os barcos. Mas os barcos foram levemente empurrados e um ancião da vila chamou o seu povo para olhar para a praia. A água havia sumido. O que se seguiu foi uma onda que chegou tão alto quanto os topos dos coqueiros. A onda de Katoy Oken havia purificado a ilha, mas nenhum moken morreu.

A história foi passada de geração para geração por centenas de anos. Em 2004, um terremoto de magnitude 8,9 na Escala Richter provocou um tsunami que atingiu vários países, matando 175 mil pessoas na região, além de outras 125 mil desaparecidas. Uma ilha com cerca de 200 mokens estava na rota da onda. Quando eles viram a água recuar da praia, todos fugiram imediatamente para um terreno mais alto. Apenas um dos 200 mokens morreu no tsunami de 2004.

4. Os terremotos e o peixe-gato gigante

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

Na mitologia japonesa, o Namazu é um peixe-gato imenso que causa terremotos com o rabo. Originalmente, ele era visto como uma premonição, alertando as pessoas antes de uma enchente ou chuvas fortes ou outro evento prejudicial. Mas com o passar do tempo, eles se tornaram um dos Yo-kai, uma criatura de infortúnio e desastre. Diz-se que Namazu geralmente é contido pelo deus Kashima sob uma colossal pedra angular, mas Kashima nem sempre é cuidadoso em relação a seus deveres ou se cansa e Namazu é capaz de sacudir o rabo. Sua cauda descontrolada causa terremotos e tsunamis. Namazu também ficou conhecido como um castigo pela ganância humana. Seus terremotos destruíram as propriedades dos ricos, forçando uma redistribuição da riqueza.

3. Pachamama, a Mãe Vingativa

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

Nos países da Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia vive um povo indígena que reverencia a Mãe Terra ou Pachamama. Na mitologia inca antiga, ela é ums deusa da fertilidade, uma personificação da natureza que ajuda a nutrir e proteger animais e plantas. No passado, as ofertas para ela incluíam sacrifícios de animais e até humanos, mas as ofertas atuais são geralmente limitadas a fetos secos de lhama, arroz ou amendoim enterrados.

Embora conhecida como uma personagem bastante gentil e descontraída, Pachamama também é responsável por terremotos, deslizamentos de terra e raios que ela emprega em sua raiva. Eles são direcionados àqueles que não cuidam da Terra ou de suas criaturas de maneira gentil. Esse lado vingativo é reforçado por sua representação frequente como um dragão ou uma serpente. 

2. Vulcões surgem do cadáver de Kagutsuchi

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

Kagutsuchi, um deus — ou kami, como são chamadas as divindades do xintoísmo —, nasceu dos deuses criadores Izanami e Izanagi. No entanto, como um kami de fogo, o nascimento de Kagutsuchi matou sua mãe em uma chama e calor avassaladores e ela foi enviada para Yomi, a terra das trevas. Izanagi ficou triste e foi para Yomi recuperar sua esposa morta, mas quando Izanagi a achou, descobriu que Izanami estava apodrecendo e nunca conseguiria sair de lá. Ela atacou o ex-marido e ele fugiu de Yomi. Uma vez do lado de fora, ele se vingou de seu filho que havia roubado sua esposa, cortando Kagutsuchi em pedaços. Do corpo de Kagutshchi e do sangue pingando da espada de seu pai, outros deuses surgiram. Entre eles Takemikazuchi-no-kami e Futsunushi-no-kami, espadachins famosos, e Kuraokami-no-kami, um deus da chuva. De oito pedaços de seu cadáver surgiram oito vulcões que expelem chamas e calor, como Kagutsuchi fez em vida.

1. Morte e doença

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

A Mesopotâmia Antiga era politeísta. Acreditava-se que deuses e seres humanos trabalhavam juntos para manter o equilíbrio e a harmonia do mundo. Mas se homens e deuses valorizavam a paz, por que os humanos sofrem? Como uma maneira de explicar a morte e o sofrimento sem sentido, o povo da cidade babilônica de Kutha inventou um deus que tinha um temperamento descontrolado, chamada Nergal ou Erra. Originalmente, esses nomes representavam dois deuses diferentes, mas com o tempo eles se tornaram tão intimamente ligados que começaram a se referir à mesma figura mitológica. Nergal é um deus da calamidade que ataca sem sentido, apenas por causa de seu mau humor. Em sua ira, ele foi responsabilizado por doenças, pragas e pestilências, além das mortes nos campos de batalha.

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