
Ciência
30/10/2019 às 02:00•4 min de leitura
*Essa não é uma matéria patrocinada. Contudo, o Mega Curioso pode receber uma comissão das lojas, caso você faça uma compra.
Todo o ano é a mesma coisa: o mês de novembro vai chegando e nós, consumidores ávidos por um belo desconto, começamos a esfregar as mãozinhas.
Criada nos Estados Unidos, a Black Friday, tradicional dia de descontos no comércio, hoje difundido por vários países (inclusive o Brasil desde 2010), chega com ofertas irresistíveis de até 70% sobre o preço normal.
Como já noticiado lá no TecMundo, este ano a emoção vem em dobro para os brasileiros. É que neste ano a loja virtual AliExpress vai importar um item especialíssimo: a própria Black Friday chinesa!
Diferentemente dos Estados Unidos, onde a data ocorre no próximo dia 29 de novembro (primeira sexta-feira após o tradicional Dia de Ação de Graças), na China o "dia mágico" de ofertas é 11/11, o Double Eleven, data em que se comemora o Dia dos Solteiros naquele país. Nesse dia são vendidos bilhões de dólares em produtos variados.
Este ano os brasileiros também teremos acesso a ofertas fantásticas, como celulares, caixas de som, fones de ouvido, tablets, pulseiras inteligentes, roupas, bolsas, brinquedos, entre milhares de outros produtos.
A essa altura, o consumidor pode estar se perguntando: como importar da China? É seguro? Os produtos são confiáveis? Quanto tempo demoram para chegar?
Para a primeira pergunta, a resposta é sim. Hoje é muito seguro comprar produtos da China. É lógico que, como qualquer compra feita pela internet, você precisa ter um mínimo de conhecimento sobre o que você está comprando.
Segundo pesquisa do PayPal, a China hoje é o segundo país do qual os brasileiros mais compram (só perde, ainda, para os Estados Unidos). Por isso, sites chineses mais famosos, como o citado AliExpress ou o Banggood, possuem sites em português, aceitam pagamento via boleto, cartão nacional e alguns até aceitam parcelar. A maioria possui frete grátis e código de rastreio.
No entanto, como em toda loja na qual fazemos compras pela primeira vez (inclusive físicas), há alguns erros básicos que não podemos cometer para evitar complicações e aborrecimentos futuros.
Pode parecer um pouco óbvio, mas acontece com frequência. Quando começam a pesquisar preços em sites chineses, as pessoas ficam tão encantadas com o valor baixo dos produtos, que se esquecem de ler os detalhes. Há consumidores que compraram um controle de drone, por exemplo, pensando estar adquirindo o aparelho completo. Ou que pensaram estar comprando um celular quando na verdade era uma capinha.
Embora os preços sejam inferiores aos praticados no Brasil (mas nem sempre!), não existe mágica em negócios. Se o produto estiver com o seu preço anormalmente baixo, desconfie, prefira sites chineses com maior tradição e, antes de comprar, pesquise o preço do produto em outros sites, mesmo brasileiros.
É um erro bastante frequente, principalmente para quem não conhece muito as marcas de celulares da China. Há celulares chineses muito bons, como a Xiaomi, o OnePlus, a Huawei, entre outras. Mas há marcas terríveis, que devem ser evitadas, pois não possuem suporte para atualizações do fabricante ou mesmo para peças de reposição. A dica é, antes de comprar um aparelho, mesmo com boa configuração, buscar na internet manuais, tutoriais e dicas.
Roupa é um artigo que pode, sim, ser comprado da China, mas demanda algumas precauções para evitar a necessidade de trocas. Aqui não basta traduzir o S (de Small) como P, deixar M como M mesmo e L (de Large) como G. Os chineses são mais baixos que os brasileiros e, para isso, nem as tabelas de conversão ajudam muito. A solução é medir uma roupa que nos sirva e comparar com as especificações do site com cuidado. Se o valor expresso lá for em inch (polegada), basta multiplicar por 2,54. Ou fazer a conversão no Google.
Quem compra na China é porque gosta de uma pechincha. Nesse caso, é comum a pessoa querer economizar com a tarifa de rastreio. Quando você faz a compra sem rastreio, corre o risco de perder dinheiro pois nesse caso não há como provar que o produto não chegou. Além de "morrer" de ansiedade por não ter noção de onde está a sua encomenda. Sem contar que, na modalidade sem rastreio, as mercadorias demoram mais a chegar.
Da mesma forma que se erra por falta, erra-se também por excesso: algumas pessoas, querendo que a encomenda chegue mais rápido, contrata um frete expresso como o FreteBR da loja Gearbest ou o Expresso da EMS. A questão é que nem sempre a mercadoria é entregue tão mais rápido do que se espera, além de ser taxada com certeza (60% do valor do produto mais frete e seguro). No caso do frete comum com rastreio, o produto é taxado por amostragem, podendo ser taxado pelo valor declarado pela loja (que na maioria das vezes é inferior ao valor real) ou simplesmente nem ser taxado.
Finalmente, um erro muito comum é não verificar a reputação dos fornecedores. E aqui a dica também é segurar um pouco a ansiedade e ler os comentários de pessoas que compraram aquele produto, para saber se há reclamações sobre erros e qualidade inferior. Além disso, há ferramentas, como o AliSourcePro, que compara detalhes de cotações e as experiências com diferentes fornecedores.
A dica final é estar atento às mudanças. As lojas estão sempre em evolução, trazendo novas formas de comprar, diferentes tipos de frete e maiores facilidades de pagamento. Como em qualquer outro tipo de loja, o olhar atento do consumidor faz sempre a diferença.
Há algumas marcas que são muito procuradas pelos brasileiros em lojas chinesas, como Xiaomi e Huawei, por exemplo. O pessoal do TecMundo fala muito sobre elas, e alguns produtos se sobressaem no quesito popularidade. A lista abaixo mostra alguns dispositivos que são os queridinhos de muitos leitores:
Os 7 maiores erros de brasileiros que compram produtos da China via TecMundo