Saúde/bem-estar
09/12/2019 às 11:02•2 min de leitura
Uma família composta por um homem de 58 anos e seis jovens com idade entre 18 e 25 anos estavam residindo em um porão de uma fazenda localizada em uma provícia de Drenthe, norte da Holanda. Segundo polícia local, os integrantes abrigaram-se por nove anos na residência, em situação de clausura, aguardando o "fim do mundo".
A informação da situação bizarra chegou aos ouvidos da polícia de Drenthe através de uma denúncia do próprio filho mais velho, que escapou da fazenda e foi procurar abrigo em uma cafeteria localizada a vários quilômetros do local onde estava escondido. "Ele tinha o cabelo muito comprido, a barba suja, a roupa muito velha. Estava muito confuso. Decidi chamar a polícia para que viesse investigar o que estava acontecendo", contou Chris Westerbeek, dono da cafeteria, à televisão local RTV Drenthe.
Os policiais informaram sobre a situação de risco em sua conta no Twitter, afirmando que o fugitivo "denunciou ontem que estava preocupado com as condições nas quais vivia uma família em uma casa", fazendo com que boa parte das forças de investigação local fossem fazer uma visita à casa escondida. Chegando lá, a polícia encontrou seis adultos e acabou detendo o pai, que não queria cooperar com o seguimento da investigação.
Após a detenção, os agentes foram foram fazer uma varredura no local para entender qual o propósito daquele esconderijo e descobriram que, para além de uma escada que fazia conexão com o porão, estavam ocultos os rapazes e o pai deles, que mantinha-se prostrado em uma cama devido a um suposto derrame cerebral.
Além disso, os registros de alguns dos rapazes que estavam na casa foram averiguados e a documentação indicava que alguns deles não tinham relação de parentesco na região. "Eu nunca vi algo assim", afirmou o prefeito local, Roger de Groot.
Segundo emissora local, a família não teve contato com o exterior por nove anos e sobreviviam de alimentos que obtinham de uma horta e uma cabra.
Vizinhos informaram que nunca chegaram a ver crianças pela propriedade, apenas um homem e alguns animais, e o carteiro informou que nunca entregou correspondência alguma no local. Ainda não se sabe o paradeiro da mãe.
"Nós ainda temos muitas perguntas sem respostas", concluiu a polícia de Drenthe.