Artes/cultura
17/11/2020 às 03:00•1 min de leitura
No início deste mês de novembro (9), o jornal britânico The Guardian revelou uma história digna de figurar num filme: um casal de idosos da França passeava por um campo, em setembro passado, quando descobriu no chão uma pequena cápsula com um conteúdo impressionante: um bilhete escrito à mão por um soldado durante a Primeira Guerra Mundial há mais de cem anos.
O casal levou a mensagem e o objeto, que deveria estar sendo transportado por um pombo-correio, diretamente a um museu vizinho, o Linge, localizado em Orbey no leste da França. Por coincidência, o museu recebeu esse nome como homenagem a uma batalha da Primeira Guerra Mundial, Le Linge, travada em 1915.
A curadora do museu, Dominique Jardy, explicou que a mensagem, escrita em alemão numa caligrafia quase imperceptível, foi enviada por um soldado de infantaria baseado em Ingersheim, hoje uma comuna francesa, onde detalha manobras militares durante o conflito mundial, ao seu oficial superior.
Traduzida por um funcionário alemão do museu, a carta diz: “O pelotão Potthof recebe fogo quando atinge a fronteira oeste do campo aberto, o pelotão Potthof é atingido e recua em seguida. Em Fechtwald, meio pelotão foi destruído. O Pelotão Potthof recua com pesadas perdas”.
Jardy considerou a descoberta da carta como super-rara, e está preparando para incorporá-la permanentemente ao acervo do museu.