Vazamento de gás causou explosão devastadora em uma escola em 1937

15/05/2021 às 13:002 min de leitura

Na década de 1930, apesar de a Grande Depressão ter transformado a economia dos Estados Unidos em um caos, o distrito escolar de New London, no estado do Missouri, era um dos mais ricos do país. Isso foi ainda mais ressaltado quando houve uma descoberta de petróleo no Condado de Rusk, servindo para impulsionar a economia local e os gastos com a educação. Até 1937, a economia havia crescido aproximadamente US$ 20 milhões com a receita adicional obtida de 15 poços de petróleo em propriedades distritais.

Portanto, em 1932, a London School, um grande pavilhão de aço e concreto, foi construída. Os membros do conselho da escola optaram por instalar 72 aquecedores a gás por todo o edifício, indo contra o projeto arquitetônico original em que havia sido estabelecido uma caldeira e sistema de distribuição de vapor. O projeto total custou cerca de US$ 1 milhão para os cofres públicos.

No começo de 1937, o conselho escolar decidiu cancelar seu contrato de gás natural e pediu para que encanadores instalassem uma torneira na linha de gás residual da Parade Gasoline Company para economizar dinheiro. Entretanto, essa prática não era autorizada pelas empresas petrolíferas locais, ainda que muitas pessoas fizessem mesmo assim.

15h17

(Fonte: Texas Co-op Power/Reprodução)(Fonte: Texas Co-op Power/Reprodução)

Na quinta-feira de 18 de março de 1937, as aulas do dia seguinte haviam sido canceladas para que os alunos participassem de uma competição escolar atlética na cidade vizinha. Seguindo a programação normal da escola, os alunos do primeiro ao quarto ano foram liberados mais cedo e uma reunião do PTA estava sendo realizada no ginásio, uma estrutura de 30 metros de altura que ficava separada do prédio principal da instituição.

Às 15h17, Lemmie R. Butler, um instrutor de treinamento manual, ligou uma lixadeira elétrica. Quase que imediatamente, os 694 alunos e 40 professores que aguardavam os 10 minutos finais das aulas viram quando uma explosão poderosa ergueu o teto da escola e o fez desabar sobre o edifício novamente.

O impacto foi tão monstruoso que foi sentido por pessoas a 6 quilômetros de distância do local, e um bloco de concreto pesando toneladas foi lançado para fora do prédio e esmagou um carro estacionado a 60 metros de distância. Com ferimentos graves, apenas 136 pessoas sobreviveram a mortal explosão.

Escombros

(Fonte: KLTV/Reprodução)(Fonte: KLTV/Reprodução)

Vários postos de socorros foram instalados nas cidades de Tyler, Overton, Kilgore e Handerson para auxiliar as vítimas e cuidar dos feridos. O desespero de vizinhos e pais foi tamanho que muitos deles se arriscaram cavando o concreto com as próprias mãos junto com os bombeiros para conseguir encontrar seus entes queridos.

Após a tragédia, o ginásio foi transformado em várias salas de aula, onde o ensino foi retomado apenas 10 dias depois de tudo, com 30 alunos sobreviventes completando o ano letivo.

(Fonte: KUT Austin/Reprodução)(Fonte: KUT Austin/Reprodução)

Uma ação judicial foi movida contra o distrito escolar e a Parade Gasoline Company, porém o juiz decidiu que nenhum dos dois poderia ser formalmente responsabilizado. Contudo, em resposta à catástrofe, o gás úmido passou a ser queimado no local, em vez de canalizado, e a lei Texas Engineering Practice Act foi determinada para o uso do gás natural de maneira comercial e industrial.

Uma nova escola foi construída na propriedade em 1939, e mais tarde renomeada para West Rusk High School. Ironicamente, durante as reformas, foi encontrado uma lousa destruída que dizia: "O petróleo e o gás natural são os maiores dons naturais do leste do Texas. Sem eles, esta escola não estaria aqui e nenhum de nós estaria aprendendo nossas lições".


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