Segundo escritor, Hitler era viciado em cocaína e outras drogas

30/04/2022 às 10:002 min de leitura

Líder da Alemanha nazista, Adolf Hitler tinha uma intensa relação com as drogas, chegando a fazer uso abusivo de cocaína, heroína, morfina e outras substâncias. Quem afirma é o escritor Norman Ohler, que aborda o assunto no livro “Delírio Total - Hitler e as Drogas no Terceiro Reich”.

Em entrevista à BBC, o autor contou que seu plano era escrever um romance contando o papel dos narcóticos no nazismo. Mas o acesso ao arquivo nacional do país o levou a mudar de ideia, por conta dos documentos do médico do ditador, Theodor Morell.

Morell se tornou médico de Hitler em 1936, parceria que foi fundamental para o vício do chefe do Partido Nazista, de acordo com Ohler. Os registros acessados por ele indicam que o Führer das Drogas teria recebido pelo menos 800 injeções receitadas pelo doutor, das mais variadas substâncias, ao longo de 1.349 dias.

Hitler e seu médico, Theodor Morell. (Fonte: Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty Images)Hitler e seu médico, Theodor Morell. (Fonte: Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty Images)

Isso o levou a se tornar “um viciado consumado cujas veias estavam quase em colapso quando ele se retirou para o último de seus bunkers”, como afirma o escritor. O consumo exagerado também foi impulsionado pela grande oferta de drogas na Alemanha, que na época era um dos maiores exportadores de opioides do mundo.

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As três fases do vício

No best-seller, Ohler conta que o vício de Hitler teve três fases. A primeira foi entre 1936 e 1941, quando o líder nazista usou abundantemente injeções de vitaminas e glicose.

A segunda etapa teve início em 1941, quando a Alemanha teve problemas com a Rússia. Naquela época, o chanceler do Reich usava esteroides e barbitúricos, além de injetar hormônios de animais.

Mussolini e Hitler. (Fonte: Wikimedia Commons)Mussolini e Hitler. (Fonte: Wikimedia Commons)

Já o terceiro estágio do vício, a partir de 1943, foi marcado pelo uso de drogas “extremamente pesadas”, segundo a obra. Uma delas era o Eukodal, conhecido atualmente como Oxicodona, um analgésico opioide muito mais forte que a morfina e capaz de produzir euforia em excesso.

O autor diz que Hitler usou Eukodal pela primeira vez durante um encontro com o líder italiano Benito Mussolini, em 1943. Os efeitos teriam sido tão fortes que o chefe nazista falava sem parar na reunião, conseguindo convencer Mussolini a continuar apoiando-o na guerra.

Speedball e Pervitin

O Führer também era viciado em cocaína, segundo Ohler, utilizando altas doses dela em sua versão mais pura. Os diários de Morell também indicam que, em determinadas ocasiões, ele combinava o uso de cocaína e Eudokal, mistura bastante perigosa conhecida como “speedball”.

Há ainda menção ao Pervitin, tido pelos alemães como um “composto mágico” que aumentava a confiança e o desempenho. Neste caso, a droga era largamente utilizada pela população e chegava também às tropas nazistas, que apostavam na substância para combater a fadiga, o estresse e o sono.

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