Artes/cultura
26/08/2023 às 11:00•2 min de leitura
Ao decorrer da história, conflitos e a violência foram constantes, com o homem rapidamente notando a fragilidade do crânio do adversário. Logo, a cabeça era o alvo mais visado, fazendo com que os capacetes tenham sido os primeiros equipamentos de proteção criados.
Desde então, uma grande variedade de estilos de capacetes foi concebida. Muitos deles, inclusive, trazem decorações impressionantes ou foram confeccionados com materiais pouco convencionais. A seguir, confira cinco dos capacetes mais diferentes da história!
Capacete de presa de javali. (Foto: Wikimedia Commons)
Os poemas épicos de Homero retratam um mundo que existiu séculos antes de sua composição. Apesar de muitos duvidarem da veracidade dos eventos narrados em sua obra, devido à passagem do tempo, a arqueologia confirmou a existência de capacetes feitos com dentes de javali, exatamente conforme descritos na Ilíada.
Esses artefatos, com mais de 3 mil anos, parecem parte importante da cultura grega antiga, mas ainda não se sabe se eram utilizados para proteção ou status.
Capacete Waterloo. (Fonte: Wikimedia Commons)
Sua imagem mental dos vikings provavelmente traz capacetes com chifres, não é mesmo? Na realidade, porém, eles eram muito menos comuns do que se imagina. Ainda assim, alguns capacetes remanescentes daquela época mostram que os chifres podiam, sim, estar presentes.
É o caso do exemplar descoberto no rio Tâmisa, em 1868, próximo à ponte Waterloo. Ele data do ano 100 a.C., e é um dos poucos exemplos reais desse tipo de capacete na Europa.
Capacete Agris. (Foto: Wikimedia Commons)
Essa é uma peça notável criada pelos povos celtas da França antiga, datando de cerca de 350 a.C. Descoberto em uma caverna em 1981, o capacete possui elaboradas decorações de bronze e detalhes em ouro.
Devido à sua delicadeza e complexidade, é improvável que tenha sido utilizado em batalhas. Inclusive, até mesmo o dano causado por animais escavadores sugere que o capacete tinha um propósito mais cerimonial ou simbólico.
Moeda com representação de Constantino e seu elmo. (Foto: Wikimedia Commons)
Este é um ótimo exemplo de como os capacetes podem simbolizar autoridade política e social, bem como expressar crenças religiosas. No século IV, sendo o primeiro imperador convertido ao cristianismo, o imperador Constantino utilizou um capacete adornado com o símbolo Chi Rho, associado aos primeiros cristãos.
Outro detalhe curioso é que o artefato teria sido construído com um dos pregos utilizados na crucificação de Jesus Cristo! Pelo menos é isso que acreditava Helena, mãe do imperador, quando surrupiou o prego e outros artefatos da Terra Santa. Segundo consta, a ideia era ter uma proteção divina sobre a cabeça de Constantino contra os ataques de inimigos.
Capacet Dourado de Cotofenesti. (Foto: Wikimedia Commons)
Normalmente, os capacetes têm uma função protetora, mas também podem representar status e riqueza. Na década de 1920, um garoto romeno chamado Traian Simion fez uma descoberta surpreendente enquanto escavava na região da sua aldeia: um capacete de ouro datado do século IV a.C.
O artefato pertencia a uma tribo local conhecida como geto-dácios e pesava mais de 1 kg de puro ouro! Chamado de Capacete de Cotofenesti, essa descoberta está repleta de imagens com significados profundos para as pessoas da região. Na parte frontal, destacam-se dois olhos grandes e ferozes. Além disso, outras imagens representam rituais de sacrifício e criaturas míticas.