Qual foi o lugar mais distante que os vikings alcançaram?

21/01/2024 às 11:002 min de leitura

A Era Viking foi um período marcado pela expansão dos povos bárbaros da Escandinávia. Em menos de três séculos, os vikings saquearam e exploraram terras em pelo menos quatro continentes. Isso resultou em uma série de mudanças dos povos ao redor do mundo, tanto na relação de comércio quanto no impacto deixado pelos saques.

Mas, até onde os vikings conseguiram chegar? Qual foi o limite da rede de influência deles? Essas são questões um pouco complexas, mas que os historiadores já conseguem responder com um pouco mais de certeza, principalmente pelo legado deixado pela expansão dos vikings.

Atravessando o Atlântico Norte

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Os vikings eram motivados principalmente por poder e riqueza em suas incursões durante a Era Viking (793 - 1066 d.C.). Embora houvesse uma relação comercial com o restante da Europa, ao se darem conta de que poderiam conquistar riquezas em vez de negociar, os vikings começaram a realizar saques durante suas viagens.

Inicialmente, suas frotas saqueavam regiões durante os verões e retornavam no outono. Com o tempo, eles passaram a estabelecer assentamentos permanentes, formando um "reino pirata" caracterizado por líderes que colaboravam em exércitos ou agiam independentemente, visando poder e riqueza pessoais.

As primeiras expedições levaram os vikings à Escócia, onde a população local não conseguia enfrentá-los, permitindo que estabelecessem assentamentos. Viagens subsequentes os levaram às Hébridas, Ilhas Faroé e, eventualmente, à Islândia.

Foi por volta de 1000 d.C. que eles começaram a realizar viagens pelo Atlântico. Primeiro até a Groenlândia e depois alcançando Newfoundland, no Canadá. No entanto, evidências sugerem que não permaneceram muito tempo na América do Norte. Embora a Groenlândia fosse um ponto importante para obter recursos para comércio, a América do Norte não gerou o mesmo interesse dos vikings.

“A Groenlândia era indiscutivelmente importante para os vikings viajarem para Newfoundland”, explica Ellen Naess, arqueóloga do Museu de História Cultural em Oslo, Noruega, em entrevista ao Live Science. “Um recurso importante que encontraram na Groenlândia era a morsa, que caçavam pelos valiosos dentes de marfim e peles. Não sabemos ao certo por que o assentamento em Newfoundland cessou, mas era longe da 'terra natal' e os recursos eram mais ou menos os mesmos que encontraram em casa, então não havia uma motivação real para ir mais longe”.

Explorando a Ásia e a África

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Mas não foi apenas para o oeste que os vikings expandiram durante a Era Viking. Eles partiram também para o leste, explorando o Mar Báltico, rios na Europa e Rússia, chegando a Constantinopla e Bagdá por volta de 1000 d.C. Diferentemente de suas incursões ocidentais, essa expansão focava mais no comércio do que no saque, levando à integração na população local. A civilização oriental impressionou os vikings, que possivelmente chegaram até a China e a Índia como sugerem algumas evidências — como seda chinesa encontrada na Suécia.

E o avanço dos vikings também foi em direção ao sul., chegando na Península Ibérica e na costa norte da África no início do século XI. Porém, a difícil geografia e a falta de vias navegáveis impediram a expansão para além da África do Norte.

“Em termos de distância, o assentamento em Newfoundland provavelmente é o mais longe que eles chegaram’, disse Naess. “Mas culturalmente, Bagdá foi talvez uma jornada ainda maior para o desconhecido para os vikings”.

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