Artes/cultura
28/01/2024 às 10:00•1 min de leitura
A grande maioria dos tatuadores desaconselha a utilização de anestésico na preparação do procedimento. E, embora muitos clientes se sintam intimidados pela dor e busquem alívio, a prática pode gerar uma série de problemas. Mas você sabe o motivo dessa restrição?
As complicações envolvendo a combinação de tatuagem e anestésico vão desde problemas na pigmentação até possíveis reações alérgicas. Em casos extremos, é possível que isso leve a reações anafiláticas e ofereça risco à vida do cliente.
Anestésico pode interferir na pigmentação e cicatrização da tatuagem
A tatuagem pode sofrer alterações quando realizada em uma área que está sob efeito de anestésico local, comprometendo o resultado. Segundo a tatuadora gaúcha Andressa Nyo, que oferece dicas para tatuadores iniciantes em sua conta do Instagram, a pele fica mais rígida e dificulta a fixação da tinta. "Essa pessoa talvez tenha que sofrer duas vezes, porque ela vai ter que retornar para fazer um retoque".
Outro problema relacionado ao momento da tatuagem é que, para fixar melhor o pigmento, o tatuador precisa aprofundar mais a agulha. Ainda que a dor não venha no momento, a cicatrização do desenho pode ser mais dolorosa do que o normal.
É importante destacar que tatuadores não são profissionais da saúde e, portanto, não são qualificados para administrar anestesia local ou geral. Além disso, os anestésicos específicos para tatuagem não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda nesse tópico, em 2009 a Anvisa lançou o manual de Referência Técnica para o Funcionamento dos Serviços de Tatuagem e Piercing. Nele, a agência declara ser proibido que tatuadores e piercers administrem "quaisquer medicamentos (anestésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e outros) por qualquer via de administração (tópica, oral, injetáveis e outras)."