China revela existência de telescópio do país em operação na Lua

16/10/2015 às 11:122 min de leitura

Desde dezembro de 2013, a China possui um pequeno telescópio de 15 centímetros na superfície da Lua, em perfeito funcionamento, enviando informações e imagens. A revelação foi feita nesta semana, conforme noticiou o site Science Alert, quando os cientistas divulgaram os resultados dos primeiros 18 meses de missão.

 O equipamento chegou ao satélite com a cápsula espacial Chang’e 3 e surpreendeu os cientistas por aguentar tanto tempo em operação. A cápsula também carregava o robô Yutu, que era conhecido como Jade Rabbit. Esse robô batalhou forte para sobreviver às noites lunares, extremamente prejudiciais para aparelhos eletrônicos em função da radiação, e parou de funcionar em março deste ano, mas o telescópio, que tinha vida útil prevista para apenas um ano, ainda está trabalhando normalmente.

A nave Chang'e 3, que chegou à lua em 2013

Esse equipamento chinês é o segundo desse tipo a ser utilizado da superfície na Lua. Antes dele, houve um telescópio manual, que seguiu com a missão Apollo 16. Porém, esse que está lá é um robô, pioneiro nessas condições, fato que torna muito mais desafiadora a continuidade de seu funcionamento. Os cientistas agora estudam se vão manter o telescópio em missão após o fim de 2015.

A importância do telescópio na Lua

As principais vantagens de ter um equipamento como esse na superfície lunar são o ângulo privilegiado e a ausência de atmosfera. Ao contrário da Terra, na Lua, os raios ultravioleta dos corpos celestes entram com mais facilidade e podem ser identificados pelo telescópio, que foi concebido para detectar e captar apenas os raios UV, conforme explicou Jin Wang, pesquisador do Observatório Astronômico de Pequim.

O ângulo conseguido a partir da superfície da Lua também é algo que jamais poderá ser comparado com qualquer lugar da Terra. De lá, é possível ver o universo com uma visão mais ampla e observar o nosso planeta em detalhes.

Essas propriedades do telescópio chinês o permitiram capturar essa bela imagem da Galáxia do Cata-Vento, localizada a 21 milhões de anos-luz da Terra.

Imagem da Galáxia do Cata-Vento, capturada pelo telescópio chinês

Outro ponto que torna a observação a partir da superfície lunar vantajosa é a velocidade de rotação reduzida do satélite. Girando quase 27 vezes mais devagar, de lá é possível analisar as mesmas estrelas por dias seguidos, fato que é impossível realizar daqui do nosso planeta. Em quase dois anos de funcionamento, o telescópio já conseguiu 2 mil horas de observações e monitorou 40 estrelas.

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