Imagem de Theia: o planeta que teria colidido com a Terra e originado a Lua no megacurioso

Evidências nas profundezas do planeta sugerem que os restos do nosso gêmeo catastrófico ainda podem estar escondidos por aí

<head></head><body>Não muito tempo após o Sol e os planetas começarem a tomar forma, um objeto <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118052-primo-da-terra-de-4-6-bilhoes-de-anos-gera-meteorito-raro.htm?f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protoplanetário</a> do tamanho aproximado de Marte — metade do tamanho da Terra — teria colidido com o nosso planeta ainda em resfriamento: Theia, como era chamado. Essa colisão fez com que muita matéria fosse enviada para o espaço, principalmente do nosso planeta, uma vez que Theia foi quase totalmente vaporizada no embate.&nbsp;Acontece que na mitologia grega, Theia é mãe de Selene, deusa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126994-enorme-estrutura-metalica-e-encontrada-sob-superficie-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. E tudo isso tem um grande motivo, uma vez que pesquisadores acreditam fielmente que o nosso satélite surgiu dessa colisão. Contudo, ao contrário do que antes acreditávamos, é possível que Theia não tenha sumido de vez após esse evento.<h2>Surgimento da Lua</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07180130468382.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As rochas lunares têm uma assinatura química semelhante a muitas das rochas vulcânicas da Terra, sugerindo uma história de origem partilhada. A matéria radioativa dentro dessas rochas, que funciona como um cronômetro que começou a funcionar quando as rochas se formaram, mostra que a Lua surgiu logo depois da Terra.O único problema desta saga científica é o que aconteceu com a culpada <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/100412-impacto-que-deu-origem-a-lua-pode-ter-sido-muito-pior-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Theia</a> após o impacto com a Terra. Para realmente estabelecer uma hipótese, o ideal seria encontrar alguma parte do protoplaneta — mas há muito se pensa que quaisquer fragmentos sobreviventes foram enviados para o espaço sem fim há bilhões de anos. É quase certo que parte da Lua é feita da matéria de Theia, mas está tão completamente misturada na química lunar que identificá-la é praticamente impossível.&nbsp;Contudo, nas margens do núcleo da Terra existem duas bolhas gigantes: uma abaixo da África e outra abaixo do Pacífico. O problema é que ninguém sabe ao certo o que elas são. As ondas sísmicas que atravessam profundamente o planeta revelam a sua existência e o seu tamanho expansivo. Mas a sua química, natureza e proveniência não são claras desde que foram descobertas há décadas. Porém, e se estas duas bolhas fossem a carcaça de Theia, ou pelo menos partes dela? É isso que cientistas têm se questionado.&nbsp;<h2>Busca por evidências</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07180215641386.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com um estudo publicado na revista&nbsp;Nature em 2023, é possível, sim, que as bolhas misteriosas sejam parte do protoplaneta perdido. Simulações computacionais de última geração da hipotética colisão mostram que a crosta externa de Theia teria sido destruída durante a colisão, mas seu manto derretido semelhante a uma massa teria sobrevivido parcialmente.Parte dele teria caído na Terra coberta de magma. Sendo ricos em ferro e, portanto, muito densos, esses fragmentos titânicos teriam então afundado até maiores profundidades e assentado no topo do núcleo de ferro, onde permanecem até hoje. Porém, como não há como extrair pedaços não adulterados da Terra em localizações tão profundas, tudo ainda é uma grande teoria.Por fim, essas bolhas que podem ser os restos mortais de Theia não são tão passivas quanto parecem. O calor da fronteira núcleo-manto da Terra parece estar causando uma agitação dentro delas, o que gera explosões de matéria superaquecida. Por sua vez, algumas dessas plumas atingem a base de placas tectônicas, alimentando erupções vulcânicas em todo o mundo.&nbsp;</body>

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Theia: o planeta que teria colidido com a Terra e originado a Lua

Imagem de A verdade sobre Earthrise, a "imagem do século" e primeira foto tirada da Terra no megacurioso

Depoimentos revelam novas histórias por trás da produção da 'imagem do século'

Em 1968, os astronautas que estiveram na primeira miss&atilde;o de explora&ccedil;&atilde;o da lua, a Apollo 8, geraram a imagem "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112160-saiba-quais-sao-as-imagens-mais-baixadas-no-site-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Earthrise</a>" (Nascer da Lua), uma fotografia que teve grande impacto pol&iacute;tico e cultural no mundo todo.
Por anos, acreditou-se que a hist&oacute;ria por tr&aacute;s da foto seria a seguinte: a tripula&ccedil;&atilde;o teria sido pega de surpresa pela grande circunfer&ecirc;ncia azul da Terra surgindo por tr&aacute;s da lua. Contudo, revela&ccedil;&otilde;es recentes t&ecirc;m mostrado que provavelmente n&atilde;o foi bem assim que esse registro foi produzido.
Uma nova vers&atilde;o foi dada por Robert Poole, professor de hist&oacute;ria, em artigo publicado no portal IFL Science. Levantamentos feitos pelo autor nos arquivos da NASA mostram que houve mais planejamento por tr&aacute;s desta fotografia ic&ocirc;nica do que se costumava crer.
<h2>A viagem da Apollo 8</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25164947080002.jpg" alt="Frank Borman. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)" />Frank Borman. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
Segundo Poole, depois que os astronautas entraram na &oacute;rbita lunar, eles quase deixaram de ver a Terra. Eles somente perceberam que isso aconteceria quando a espa&ccedil;onave girou em 180 graus.
De acordo com Frank Borman, que era o comandante da miss&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/44581-10-coisas-intrigantes-que-os-astronautas-levaram-para-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 8</a> da NASA em 1968 (e que faleceu em novembro de 2023), os membros da tripula&ccedil;&atilde;o teriam sido &ldquo;pegos de surpresa pois estavam muito ocupados com a observa&ccedil;&atilde;o lunar nas tr&ecirc;s primeiras &oacute;rbitas&rdquo;.
Ocorre que Dick Underwood, que deu alguns direcionamentos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206077-confira-10-fotos-famosas-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a> para o grupo da Apollo 8, apresentou novos esclarecimentos a Robert Poole. Segundo seu depoimento, &ldquo;foram passadas horas com as tripula&ccedil;&otilde;es lunares, incluindo a tripula&ccedil;&atilde;o da Apollo 8, em instru&ccedil;&otilde;es sobre como exatamente configurar a c&acirc;mera, que filme usar&hellip; essas instru&ccedil;&otilde;es foram mais abrangentes&rdquo;.
Ainda assim, ocorreu alguma discuss&atilde;o dentro da NASA sobre o que os astronautas deveriam registrar quando estivessem l&aacute;. A administra&ccedil;&atilde;o insista que eles priorizassem fotos da geologia lunar e de locais de pouso.&nbsp;
Em uma entrevista dada &agrave; imprensa, Borman afirmou que esperava conseguir obter &ldquo;boas imagens da Terra a partir da Lua&rdquo;, enquanto seu colega, o astronauta Jim Lovell, dizia que queria ver &ldquo;a Terra p&ocirc;r-se e a Terra nascer&rdquo;. Por fim, o plano destinado &agrave; miss&atilde;o era mais de fotografar a lua e menos a Terra.
<h2>Um flagrante inesquec&iacute;vel</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27133114207226.jpg" alt="Foto original Earthrise, tirada em 1968 durante a miss&atilde;o Apollo 8. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)" />Foto original Earthrise, tirada em 1968 durante a miss&atilde;o Apollo 8. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
Ao chegar o momento chave, os astronautas realmente foram surpreendidos por uma vis&atilde;o exuberante, s&oacute; que ela n&atilde;o durou muito tempo. O terceiro astronauta da miss&atilde;o, Bill Anders, estava em uma janela lateral tirando fotos de crateras usando uma c&acirc;mera com filme preto e branco quando, de repente, viu a Terra surgir por tr&aacute;s da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128094-projeto-olimpo-nasa-trabalha-para-construir-casas-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. Ele exclamou: &ldquo;Olha aquela imagem ali! Aqui est&aacute; a Terra surgindo&rdquo;.
Anders sacou bem rapidamente uma foto n&iacute;tida do momento em que a Terra emergia para cima do horizonte lunar. Ele e Lovell passaram a discutir sobre quem deveria pegar a c&acirc;mera colorida. Por fim, a tarefa sobrou para Anders, que gerou a foto que depois seria chamada de "a imagem do s&eacute;culo".
Contudo, houve outra imagem na c&acirc;mera que foi relativamente ignorada por ser em preto e branco. Mas, tecnicamente, ela seria mais perfeita que a outra. Sobre este momento hist&oacute;rico, Lovell refletiria no futuro: &ldquo;a solid&atilde;o aqui &eacute; inspiradora&hellip; nos faz perceber o que voc&ecirc; tem na Terra&rdquo;. J&aacute; Borman declarou que foi &ldquo;intensamente emocionante&hellip; N&atilde;o dissemos nada um ao outro, mas talvez tenhamos compartilhado outro pensamento que tive: 'Isso deve ser o que <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/71427-deus-e-mulher-ou-homem-por-que-nos-referimos-a-ele-com-o-sexo-masculino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deus</a> v&ecirc;'&rdquo;.

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A verdade sobre Earthrise, a 'imagem do século' e primeira foto tirada da Terra

Imagem de Kamo'oalewa: como um pedaço da Lua se transformou em um quase-satélite? no megacurioso

Novo estudo explora probabilidade do quase-satélite Kamo'oalewa ser resultado de um fenômeno considerado improvável

<head></head><body>No espaço, existe uma infinidade de astros, planetas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127413-galaxias-de-anel-polar-astronomos-descobrem-duas-possiveis-novas-galaxias-raras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> que desconhecemos. E a mesma premissa vale para a órbita da Terra, que está ocupada por muitos objetos que sequer exploramos. Um asteroide que supostamente teria sido "expulso" da Lua figura entre eles.Batizado de Kamo'oalewa, trata-se de um quase-satélite, ou seja, ele ocupa uma classificação para lá de distinta: assim como a Terra, ele também gira em torno do Sol, mas possui órbita ligada com a do nosso planeta e não se afasta muito dele.Ele foi descoberto em 2016, possui em torno de 40 a 60 metros de comprimento e apresenta uma órbita consideravelmente estável. O interesse sobre o Kamo'oalewa tem ganhado maiores proporções desde então, de modo que a China está até investindo em uma missão para que uma nave pouse em sua superfície em 2025.<h2>Em busca de explicações para o surgimento do Kamo'oalewa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26021601288477.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O Kamo'oalewa pode ser observado no céu durante um pequeno período do ano, e devido a sua dimensão reduzida, exige que sejam utilizados telescópios mais robustos para tal. Ainda não sabemos muito sobre esse quase-satélite.Em 2021, um estudo publicado na Communications Earth and Environment relevou que o espectro do Kamo`oalewa era diferente dos asteroides já estudados até então. Ao buscar por correspondências, cientistas relacionaram a sua aparência com a das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125674-rocha-vulcanica-ainda-quente-e-descoberta-sob-a-superficie-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rochas</a> presentes na superfície lunar.A teoria formulada a partir disso é que uma vez que a Lua colidiu com um meteorito, o asteroide foi ejetado da sua superfície. Não se trata de algo raro, dado que esse tipo de impacto realmente faz com que a Lua libere pedaços de objetos no espaço. Muitos deles, inclusive, caem de volta na própria lua ou se transformam em meteoros e se chocam com a Terra.Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, também publicado na revista citada acima, ao analisar a probabilidade envolvida nesse tipo de fenômeno, oferece uma visão de como isso aconteceria.<h2>Desafiando a probabilidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26021514613476.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A simulação numérica proposta estipula que existiam 6,6% de possibilidade do fenômeno resultar num estado co-orbital e 0,8% de chance se tornar um quase-satélite, e ainda assim foi o que ocorreu.Provar que realmente se trata de um pedaço da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127762-lua-pode-ser-40-milhoes-de-anos-mais-velha-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> não vai apenar confirmar que a sua existência nos moldes atuais pode desafiar as probabilidades mais remotas, uma vez que ele orbita ao redor do Sol, mas também vai oferecer uma oportunidade de indicar a idade do Kamo'oalewa.Para Aaron Rosengren, que é um dos principais autores do artigo, "elementos deste corpo espacial podem nos fornecer informações sobre a formação da lua e melhorar nosso conhecimento sobre asteroides próximos ao planeta."Isso porque, nunca é demais lembrar, o estudo de quase-satélites se mostra bastante importante para atenuar riscos de colisões com a Terra num cenário em que escapem de suas órbitas, o que é algo plausível de ocorrer em uma determinada janela de tempo.</body>

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Kamo'oalewa: como um pedaço da Lua se transformou em um quase-satélite?

Imagem de Como saber que horas são na Lua? no megacurioso

Cientistas estão tentando encontrar uma forma de criar uma espécie de 'fuso horário' para a Lua

Para a organiza&ccedil;&atilde;o da vida e do bem-estar de todos, temos zonas de hor&aacute;rios pr&eacute;-definidos na Terra. Por&eacute;m, o que acontece quando os astronautas saem em miss&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124997-a-terra-pode-mesmo-perder-sua-lua-e-ficar-sem-satelite-natural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>? Usa-se um hor&aacute;rio universal ou o do pa&iacute;s de origem dos exploradores espaciais?
Por padr&atilde;o, o sistema de tempo universal (o mesmo do Meridiano de Greenwich) &eacute; o mais aceito na Lua, mas isso n&atilde;o chega a ser uma regra &ndash; afinal, n&atilde;o h&aacute; um acordo para isso, e em muitos casos o hor&aacute;rio adotado tem por base o pa&iacute;s de origem da miss&atilde;o.
Para deixar esse sistema mais uniforme, a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (ESA) est&aacute; conversando com outras ag&ecirc;ncias espaciais ao redor do globo para tentar definir um hor&aacute;rio a ser utilizado por todos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>.
<h2>Trabalho conjunto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22225836196006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Segundo informa&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o na rede, a ESA revelou que j&aacute; est&aacute; trabalhando nessas quest&otilde;es desde novembro de 2022. Como nos pr&oacute;ximos anos teremos mais 10 miss&otilde;es tendo a Lua como objeto de estudo, definir um hor&aacute;rio para usar no sat&eacute;lite da Terra se tornou algo essencial.
Apesar de tais conversas ainda estarem em est&aacute;gios iniciais, todos os envolvidos concordaram com a import&acirc;ncia de definir um hor&aacute;rio para a Lua. Isso ajudaria, por exemplo, que miss&otilde;es diferentes pudessem agir de maneira coordenada entre si, criando inclusive uma unidade de tempo para facilitar o monitoramento da passagem de sondas e outros objetos.
Com tudo isso em mente, a ESA deu in&iacute;cio &agrave; iniciativa Moonlight, que vai funcionar em conjunto com o Lunar Communications Relay and Navigation System da NASA. Entretanto, a Moonlight vai precisar de uma escala de tempo compartilhada para facilitar elementos como fixa&ccedil;&atilde;o de posi&ccedil;&otilde;es, por exemplo.
<h2>Miss&atilde;o complicada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/getty-images-25182642118388.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Tentar definir um hor&aacute;rio a ser utilizado na Lua &eacute; algo que certamente levar&aacute; algum tempo, especialmente se considerarmos algumas vari&aacute;veis. Como a gravidade no sat&eacute;lite &eacute; um pouco mais baixa, o tempo passa de maneira diferente por l&aacute;: em compara&ccedil;&atilde;o com o nosso planeta, o dia ganha cerca de 56 microssegundos para cada ciclo.
Outro ponto &eacute; um debate referente ao uso do tempo terrestre como refer&ecirc;ncia ou a possibilidade de criar algo totalmente novo para a Lua. Seja como for, essa &eacute; uma conversa que ainda deve ir longe, especialmente se considerarmos que n&atilde;o existe uma autoridade m&aacute;xima extraplanet&aacute;ria para nortear todas as decis&otilde;es &ndash; ou seja, tudo funcionaria na base de acordos.

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Como saber que horas são na Lua?

Imagem de A Terra pode mesmo perder sua Lua e ficar sem satélite natural? no megacurioso

A ciência já sabe que a Lua está se afastando gradualmente da Terra, mas há chances de que a gente realmente perca contato com nosso satélite?

Nos pr&oacute;ximos anos, a NASA pretende <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124782-nasa-anuncia-os-quatro-astronautas-de-nova-viagem-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mandar humanos para a Lua novamente</a>. Mas, se eles demorarem demais, a viagem pode ficar mais longa. Na realidade, j&aacute; &eacute; mais longa do que foi nas primeiras miss&otilde;es Apollo, quando a ag&ecirc;ncia espacial instalou pain&eacute;is refletores para medir a dist&acirc;ncia entre a Terra e a Lua.
Nesses mais de 50 anos, a NASA descobriu que a Lua est&aacute; se afastando da Terra a uma taxa de 3,8 cent&iacute;metros por ano. &Eacute; mais ou menos o ritmo do crescimento das unhas dos dedos.&nbsp;
3,8 cent&iacute;metros pode n&atilde;o ser muita coisa. Mas e se a Lua mantiver esse ritmo por milhares ou milh&otilde;es de anos? Ser&aacute; que, um dia, ela pode se afastar totalmente da Terra e nos deixar sem sat&eacute;lite natural?<a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> </a>
<h2>A gravidade atrai, mas tamb&eacute;m separa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/fonte-getty-images-26160437280343.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acredita-se que a Lua se formou depois que um objeto do tamanho de Marte se chocou com a Terra, ainda em sua forma&ccedil;&atilde;o. A gravidade fez com que parte dos destro&ccedil;os formassem nosso sat&eacute;lite natural &mdash; e as for&ccedil;as de mar&eacute;, um efeito secund&aacute;rio da gravidade, fez com que ele ficasse na dist&acirc;ncia que est&aacute; hoje, a cerca de 384.400 quil&ocirc;metros de n&oacute;s.&nbsp;
Mas assim como a gravidade da Terra mant&eacute;m a Lua girando ao nosso redor, ela tamb&eacute;m tem sua for&ccedil;a gravitacional. E essa rela&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as &eacute; o que est&aacute; fazendo nosso sat&eacute;lite se afastar.
Para come&ccedil;ar, &eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118207-como-a-lua-afeta-as-mares-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a gravidade da lua que forma as mar&eacute;s nos oceanos</a>, por exemplo. Essa for&ccedil;a de mar&eacute; exerce uma fric&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie da Terra, que est&aacute; diminuindo o ritmo de sua rota&ccedil;&atilde;o. Para voc&ecirc; ter ideia, acredita-se que antes da Lua se formar, h&aacute; 4,5 bilh&otilde;es de anos, um dia na Terra durava cerca de 5 horas.&nbsp;
Por&eacute;m, a Terra tamb&eacute;m exerce for&ccedil;as de mar&eacute; sobre a Lua &mdash; &eacute; uma via de m&atilde;o dupla. E como os dois corpos celestes fazem parte de um mesmo sistema gravitacional, eles precisam manter uma constante chamada "momento angular". Ou seja, a energia contida em um sistema que est&aacute; girando.&nbsp;
Basicamente, se voc&ecirc; gira mais r&aacute;pido, o momento angular &eacute; maior. Se voc&ecirc; gira mais devagar, como a Terra est&aacute; fazendo, o momento angular diminui. Contudo, essa constante tamb&eacute;m est&aacute; relacionada &agrave; dist&acirc;ncia entre os corpos no sistema: quanto mais longe, mais momento angular voc&ecirc; tem. D&aacute; para ver onde isso tudo vai chegar?
Isso quer dizer que, se a velocidade da Terra est&aacute; diminuindo, outra vari&aacute;vel precisa mudar para manter o momento angular. A vari&aacute;vel que est&aacute; mudando &eacute; a dist&acirc;ncia da Lua.&nbsp;
<h2>Mas afinal, n&oacute;s vamos ficar sem Lua?</h2>
<span data-fonte="Space Frontiers/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/the-earth-rises-over-the-horizon-of-the-moon-as-seen-foto-jornalistica/1157144802" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/space-frontiers-getty-images-26160530378344.jpg" alt="Space Frontiers/Getty Images" />(Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
A boa not&iacute;cia &eacute; que n&atilde;o, a Terra nunca ficar&aacute; sem a Lua. A m&aacute; not&iacute;cia &eacute; motivo disso.
Explicando por partes, os efeitos de mar&eacute; est&atilde;o diminuindo a velocidade de rota&ccedil;&atilde;o da Terra, mas tamb&eacute;m a da Lua. Com o tempo, os dois corpos celestes v&atilde;o chegar ao "acoplamento de mar&eacute;" &mdash; um momento em que as velocidades de rota&ccedil;&atilde;o de corpos celestes se mant&eacute;m, sem maiores mudan&ccedil;as. A&iacute;, a Lua vai parar de se afastar da Terra.
De acordo com os c&aacute;lculos dos astr&ocirc;nomos, isso deve acontecer dentro de 50 bilh&otilde;es de anos &mdash; e essa &eacute; a boa not&iacute;cia. A m&aacute; &eacute; que, muito antes disso, dentro de 5 bilh&otilde;es de anos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110667-o-que-vai-acontecer-quando-o-sol-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol vai come&ccedil;ar a morrer</a>. Quando isso acontecer, o Astro-Rei vai aumentar de tamanho, at&eacute; se tornar uma estrela gigante-vermelha.
Nessa &eacute;poca, a Lua ter&aacute; se afastado da Terra em mais 198 mil km, mas o Sol vai engolir tudo. Fim da hist&oacute;ria.

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A Terra pode mesmo perder sua Lua e ficar sem satélite natural?

Imagem de Por que os cientistas querem criar um fuso horário lunar? no megacurioso

Esse é considerado o grande passo para os governos que querem explorar a Lua

Bases lunares, plataformas de explora&ccedil;&atilde;o e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112057-estudantes-criam-elevador-espacial-que-pode-ser-construido-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elevador espacial</a> s&atilde;o apenas alguns dos planos que governos, como os dos Estados Unidos e China, t&ecirc;m para a Lua. Recentemente, no entanto, foi adicionado a necessidade de estabelecer um fuso hor&aacute;rio lunar a essa lista.
Afinal, se o homem tem planos t&atilde;o grandes assim para a Lua, esse seria o primeiro passo para que essa longa jornada de feitos consiga ser espec&iacute;fica para as comunica&ccedil;&otilde;es lunares, e a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia j&aacute; est&aacute; &agrave; frente do projeto tentando atrair empresas privadas para o empreendimento.
<h2>Visando progresso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/fonte-getty-images-25174803508368.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm#:~:text=Em%201950%2C%20foi%20o%20contexto,engenhosidade%20tecnol%C3%B3gica%20e%20recursos%20econ%C3%B4micos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a> do s&eacute;culo XXI &eacute; uma realidade, como j&aacute; deixou bem claro Bil Nelson, ex-astronauta, administrador da NASA e senador da Fl&oacute;rida. Dessa vez, no entanto, no lugar da antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, agora se encontra a pot&ecirc;ncia chinesa que, segundo o governo norte-americano, tenta dominar os recursos lunares ao reivindicar a propriedade das &aacute;reas ricas em recursos da Lua.
Apesar dessa movimenta&ccedil;&atilde;o acontecer h&aacute; um tempo, foi apenas em 2022 que se intensificou, quando o programa espacial chin&ecirc;s construiu uma esta&ccedil;&atilde;o espacial na &oacute;rbita da Terra e estabeleceu v&aacute;rias miss&otilde;es de &oacute;rbita lunar e recupera&ccedil;&atilde;o de amostras. Os chineses agendaram uma terceira fase do programa, prevista para acontecer em 2025, e visam estabelecer uma esta&ccedil;&atilde;o de pesquisa lunar aut&ocirc;noma pr&oacute;ximo ao polo sul da Lua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20100926980069.jpg" alt="(Fonte: CNSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CNSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ou seja, um fuso hor&aacute;rio lunar condiz com a necessidade de fazer planos a longo prazo para descobrir tudo o que &eacute; necess&aacute;rio para tornar uma base lunar bem-sucedida. A necessidade de um fuso assim est&aacute; em fornecer dados de localiza&ccedil;&atilde;o mais precisos aos usu&aacute;rios na superf&iacute;cie da Lua, visto que, atualmente, as miss&otilde;es lunares sincronizam seus rel&oacute;gios com os da Terra. Nas futuras miss&otilde;es lunares, no entanto, essa t&aacute;tica seria inadequada, especialmente &agrave; medida que mais miss&otilde;es decolam.
A discuss&atilde;o para um fuso lunar come&ccedil;ou em novembro de 2022, durante uma reuni&atilde;o no Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial da ESA, na Holanda, cruzando com o esfor&ccedil;o da NASA para criar o LunaNet, uma rede de arquitetura digital destinada a permitir comunica&ccedil;&atilde;o e navega&ccedil;&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124782-nasa-anuncia-os-quatro-astronautas-de-nova-viagem-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>.
No momento, ainda n&atilde;o h&aacute; data de lan&ccedil;amento para o sat&eacute;lite Moonlight, que permitir&aacute; que o LunaNet funcione, tampouco garantia de quando um fuso lunar pode ser criado, ou mesmo qu&atilde;o diferente pode ser dos fusos hor&aacute;rios na Terra.
<h2>Organizando a Terra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20101030987073.jpg" alt="(Fonte: NASA/Alberto Bertolin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA/Alberto Bertolin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; a primeira metade do s&eacute;culo XVIII, antes do estabelecimento dos fusos hor&aacute;rios em 1883, havia mais de 144 hor&aacute;rios locais s&oacute; na Am&eacute;rica do Norte, gerando um caos regional devido &agrave;s pequenas diferen&ccedil;as de hor&aacute;rio resultantes entre vilas e cidades adjacentes.
O problema se intensificou com a populariza&ccedil;&atilde;o das ferrovias, quando viagens mais r&aacute;pidas se tornaram poss&iacute;veis em muitas cidades, e os viajantes &agrave;s vezes podiam chegar em um hor&aacute;rio local anterior ao que haviam deixado. A falta de padroniza&ccedil;&atilde;o de tempo e os hor&aacute;rios nas mesmas vias, muitas vezes, n&atilde;o podiam ser coordenados, resultando em colis&otilde;es catastr&oacute;ficas.
O engenheiro Sir Sanford Fleming, que trabalhava nas ferrovias canadenses, testemunhou esse problema quando perdeu um trem em 1876. Essa experi&ecirc;ncia o deu a ideia de criar um hor&aacute;rio padr&atilde;o, com varia&ccedil;&otilde;es hor&aacute;rias conforme as diferentes zonas do mundo.
Como resultado, as maiores empresas ferrovi&aacute;rias come&ccedil;aram a operar em um sistema coordenado de quatro fusos hor&aacute;rios a partir de 1883, dando in&iacute;cio a uma revolu&ccedil;&atilde;o que colocou ordem no mundo.

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Por que os cientistas querem criar um fuso horário lunar?

Imagem de Qual é a verdadeira idade do planeta Terra? no megacurioso

Pergunta que intriga cientistas pode encontrar sua reposta em um objeto cósmico próximo e bastante familiar para a astronomia

<head></head><body>Apesar dos inúmeros avanços científicos nos estudos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a> e da Terra, pouco se sabe sobre a era em que nasceu nosso planeta natal. Enquanto há um consenso sobre uma vida estimada em aproximadamente 4,6 bilhões de anos, grupos de cientistas concentram seus esforços para aprofundar pesquisas na área e buscar esclarecer, com maior assertividade, as histórias sobre o nascimento dos corpos celestes no cosmos.Evidências recentes indicam que a Terra nasceu em um mar espacial ao redor de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sol</a> recém-formado. Durante esses primeiros milhões de anos do que hoje é conhecido como Sistema Solar, gás e poeira estavam substancialmente espalhados pela dimensão, e se reuniram a outros tipos de partículas e rochas espaciais em colisões praticamente intermináveis, moldando a galáxia a partir da criação de corpos ainda maiores que os originais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/29/29234109353007.jpg" alt="(Fonte: NASA/Earth Observatory/Reprodução)">(Fonte: NASA/Earth Observatory/Reprodução)O professor de geologia Thomas Lapen, que preside o departamento de ciências atmosféricas e terrestres da Universidade de Houston, Estados Unidos, acredita que o nascimento da Terra foi tardio e teve relação direta com os primeiros vestígios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. Enquanto outros planetas já estavam com suas composições de núcleo, manto e crosta definidas, nosso globo passava por um processo de diferenciação e teria chegado, até mesmo, a colidir com um corpo pequeno em seu estágio "proto", gerando detritos que logo se fundiriam com o satélite natural.Isso teria "reiniciado" as propriedades do planeta, com um espesso oceano de magma cobrindo a Terra e gerando o sistema atual. Apesar desse longo processo de formação, minerais mais antigos permaneceram e, por meio de técnicas de datação radiométrica — medição de urânio —, serviram para revelar uma idade aproximada de 4,4 bilhões de anos. Como o registro da rocha “seria obliterado pelo evento de formação da lua”, o sistema Terra-Lua teria surgido um pouco antes em relação ao estimado.<h2>Como o estudo da Lua impulsiona as pesquisas de datação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09175441466291.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Compreender o papel da Lua e sua contribuição para o Sistema Solar é imprescindível para calcular, com maior exatidão, o tempo de vida da Terra. Assim como nosso planeta, o satélite também ficou coberto por um oceano de magma em sua juventude e fornece, atualmente, indícios — via fragmentos de zircônio — de sua formação, como havia sido registrado durante a&nbsp;missão Apollo 14, iniciada em janeiro de 1971.“Se o 'nascimento da Terra' é definido como o tempo de formação do primeiro núcleo proto-Terra ou protoplaneta que finalmente cresceu por acreção para formar a Terra atual”, diz Lapen, “então talvez isso tenha ocorrido há tanto tempo quanto a idade de [Erg Chech 002].” Vale lembrar que Erg Chech 002 é a rocha espacial mais antiga conhecida e pode estar relacionada ao protoplaneta primitivo do sistema solar primitivo, existente em uma época em que o corpo estava em estágio semelhante ao da Terra em sua concepção — cerca de 4,565 bilhões de anos.“Quanto mais para trás olhamos, muitas vezes as coisas menos precisas são por causa das lacunas no registro. É um período de tempo relativamente curto, onde muitas coisas aconteceram – houve o impacto, tudo teve que coalescer, esfriar e se diferenciar em corpos rochosos resistentes que têm núcleo, manto e crosta”, conclui o professor. Segundo ele, os próximos passos serão estudos aplicados em mais rochas lunares com tecnologias modernas, a fim de obter medições mais precisas e restringir os dados supostos.</body>

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Qual é a verdadeira idade do planeta Terra?

Imagem de Satélite sul-coreano revela imagens incríveis da Terra e da Lua no megacurioso

O orbitador lunar Danuri está estudando a Lua há cerca de um mês — e as primeiras imagens que ele enviou são impressionantes

O sat&eacute;lite sul-coreano Danuri entrou na &oacute;rbita da Lua h&aacute; cerca de um m&ecirc;s, ap&oacute;s quatro meses de viagem. Agora, as primeiras imagens criadas por ele est&atilde;o come&ccedil;ando a chegar &mdash; e s&atilde;o impressionantes.
Os arquivos foram disponibilizados no site do Instituto de Pesquisa Aerospacial da Coreia do Sul (KARI, na sigla em ingl&ecirc;s) e incluem v&aacute;rias paisagens do nosso &uacute;nico sat&eacute;lite natural.&nbsp;
Por&eacute;m, o que mais chamou a aten&ccedil;&atilde;o foram as fotos em preto e branco da Terra, aparecendo no horizonte lunar. O Danuri tamb&eacute;m gravou um time-lapse da &oacute;rbita da Lua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111890-orbita-da-terra-ja-acumula-quase-20-mil-detritos-espaciais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ao redor do nosso planeta</a>, ao longo de v&aacute;rias horas.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122827-programa-artemis-a-missao-da-nasa-para-enviar-humanos-de-volta-a-lua.htm" target="_blank" rel="sponsored">Programa Artemis: a miss&atilde;o da NASA para enviar humanos de volta &agrave; Lua</a><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116872-10-fotos-da-terra-tiradas-de-angulos-bem-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> </a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31165008115378.jpeg" alt="(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Danuri &mdash; chamado oficialmente de "Orbitador Lunar Descobridor Coreano" ou KPLO &mdash; &eacute; a primeira miss&atilde;o espacial desse pa&iacute;s a ultrapassar a &oacute;rbita terrestre. Seu nome &eacute; uma mistura das palavras "lua" (dal) e "aproveitar" (nurida), <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120474-globalizacao-sul-coreana-os-bastidores-por-tras-do-sucesso-no-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no idioma local</a>.&nbsp;
Ele foi lan&ccedil;ado em agosto de 2022, a partir do Cabo Canaveral &mdash; o projeto &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124124-nasa-anunciou-que-eua-esta-em-uma-corrida-espacial-com-a-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, a ag&ecirc;ncia espacial norte-americana &mdash;, e seu objetivo &eacute; mapear a superf&iacute;cie lunar para encontrar locais onde novas miss&otilde;es &agrave; Lua possam aterrisar. Desse modo, o Danuri ir&aacute; contribuir bastante para o programa Artemis, da NASA, que pretende <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">levar a humanidade novamente &agrave; lua</a> e instalar uma base permanente por l&aacute;, at&eacute; 2025.&nbsp;
&Eacute; interessante observar que, recentemente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124124-nasa-anunciou-que-eua-esta-em-uma-corrida-espacial-com-a-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a NASA anunciou que est&aacute; em uma nova corrida espacial</a>, dessa vez com a China. Seis d&eacute;cadas depois, a humanidade volta a correr para a Lua, agora com outros pa&iacute;ses envolvidos nas conquistas.
<h2>Muitas imagens de sat&eacute;lite, pelos pr&oacute;ximos meses</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31170908672410.jpeg" alt="(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nessa primeira leva de imagens, o Instituto de Pesquisa Aerospacial Coreano divulgou fotos tiradas pelo Danuri desde seu lan&ccedil;amento at&eacute; a entrada em &oacute;rbita, em meados de dezembro, incluindo tamb&eacute;m algumas imagens criadas durante a viagem &mdash; que durou quatro meses.
A partir de meados de setembro, por exemplo, o sat&eacute;lite tirou uma foto da Lua por dia para mostrar sua transla&ccedil;&atilde;o ao redor da Terra. Tamb&eacute;m registrou as 15 imagens que comp&otilde;em o quadro acima: elas mostram a Lua se movendo durante tr&ecirc;s horas, no dia 25 de setembro.
J&aacute; na imagem abaixo, tamb&eacute;m criada durante a viagem, podemos ver a dist&acirc;ncia entre a Terra e nosso sat&eacute;lite natural.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31171330806420.jpeg" alt="(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Korean Aerospace Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A partir de agora, o plano &eacute; que o Danuri analise tamb&eacute;m os interiores das crateras lunares, em busca de &aacute;gua congelada. Essas fotos, provavelmente, v&atilde;o ficar menos interessantes... Por&eacute;m, como o sat&eacute;lite sul-coreano ficar&aacute; na &oacute;rbita lunar por cerca de 11 meses, podemos esperar por mais novidades curiosas do Instituto de Pesquisas Aeroespaciais da Coreia.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122426-6-fotos-iconicas-e-importantes-feitas-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fotos ic&ocirc;nicas e importantes feitas do espa&ccedil;o</a>

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Satélite sul-coreano revela imagens incríveis da Terra e da Lua

Imagem de Por que eclipses lunares são mais comuns que os solares? no megacurioso

Eclipses lunares são vistos com maior frequência, mas a sua ocorrência é semelhante aos fenômenos de eclipses solares

<head></head><body>Sempre que um eclipse está se aproximando e com possibilidades de ser visto na Terra, a comoção é grande. Eventos são criados e amigos se organizam entre si para presenciar este fenômeno astronômico tão admirado no mundo todo.Porém, o imaginário das pessoas ainda associa os eclipses aos eventos lunares. Seriam, assim, os eclipses solares mais raros de acontecer? Fomos atrás das respostas para essa possível questão.<h2>Quais são os tipos de eclipses que podem ocorrer?</h2>Na astronomia, um eclipse acontece quando um astro é sobreposto por outro, deixando de ser visível de forma total ou parcial durante um período específico. Ou seja, qualquer corpo celeste pode passar pelo fenômeno, mas, os eclipses são mais associados aos fenômenos que acontecem com o Sol ou a Lua.Dentre os tipos mais comuns, estão os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236751-primeiro-eclipse-solar-ano-acontecer-dia-30-abril-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipses solares</a> e os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120485-lua-do-castor-assista-ao-time-lapse-do-eclipse-lunar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipses lunares</a>, sendo que ambos podem ser divididos de acordo com o tipo de sombra projetada em sua forma.<h3>Eclipses solares</h3>Quando a Lua encontra o Sol, uma sombra é criada e o eclipse ocorre de acordo com seu tipo de projeção:<ul><li>eclipse solar total: toda a luz do Sol é sobreposta pela Lua;</li><li>eclipse solar parcial: a Lua sobrepõe o Sol parcialmente;</li><li>eclipse anelar: o fenômeno gera um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114922-veja-como-foi-o-eclipse-com-anel-de-fogo-deste-domingo-21.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anel em torno do Sol</a>;</li><li>eclipse híbrido: o eclipse pode ser total em alguns pontos e parcial em outros.</li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/10/10212759401120.jpg" alt="(Fonte: Bryan Goff/Reprodução)">(Fonte: Bryan Goff/Reprodução)<h3>Eclipses lunares</h3>Um eclipse lunar, no entanto, acontece quando a Terra projeta uma sombra sobre a Lua, que também pode ser dividida em:<ul><li>eclipse lunar total: a Lua é totalmente encoberta pela sombra da Terra;</li><li>eclipse lunar parcial: partes da Lua ficam sob a projeção da sombra da Terra e outras não;</li><li>eclipse lunar penumbral: a Lua fica totalmente sobreposta pela área de penumbra projetada pela Terra, ficando parcialmente escura.</li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/10/10215102000124.jpg" alt="(Fonte: Altinay Dinç/Reprodução)">(Fonte: Altinay Dinç/Reprodução)<h2>Eclipses solares são realmente mais raros que eclipses lunares?</h2>A realidade é que os eclipses do Sol e da Lua acontecem de maneira equiparada, geralmente com a frequência de duas vezes por ano.Os eclipses lunares costumam ser mais "frequentes" aos olhos da Terra, uma vez que a Lua é visível acima do horizonte, o que pode ser visto por metade dos locais do mundo.Durante eclipses solares, porém, a Lua se sobrepõe ao Sol e a sombra projetada é bem menor diante da visibilidade na Terra, fazendo com que seja mais difícil encontrar uma localidade para sua visualização.Por isso, eclipses solares são associados à falsa premissa de que sua ocorrência acontece com menor frequência em comparação aos eclipses lunares.<ul><li>Quer saber mais sobre astronomia? Descubra aqui&nbsp;<a href="http://O%20QUE%20S%C3%83O%20LUA%20AZUL,%20LUA%20DE%20SANGUE%20E%20LUA%20ROSA?" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que são lua azul, lua de sangue e lua rosa</a></li></ul></body>

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Por que eclipses lunares são mais comuns que os solares?

Imagem de Poeira espacial pode revelar os segredos sobre o passado da lua no megacurioso

Camadas de paleorególito, material enterrado sob a superfície lunar, podem revelar detalhes importantes sobre as formações rochosas do satélite

<head></head><body>Estudos realizados por geofísicos da Universidade Estadual da Pensilvânia, Estados Unidos, revelaram que camadas subterrâneas da lua guardam materiais capazes de esclarecer os segredos sobre a formação rochosa do satélite. De acordo com a pesquisa, a poeira cósmica conhecida como paleorególito estaria coberta por fluxos de lava de bilhões de anos, mantendo-se inalterada por um tempo muito maior que o estimado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/30/30112856150056.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O projeto, liderado pelo professor assistente Tieyuan Zhu, teve como base o armazenamento de dados realizado em terreno lunar pela missão chinesa Chang'e 3 — lançada em 2013 com o objetivo de medir frequências de radares terrestres no solo do corpo celeste. As informações coletadas pela equipe registraram uma camada de paleorególito prensada entre duas camadas de rocha de lava de 2,3 a 3,6 bilhões de anos, com cerca de 5 a 9 metros de espessura, como resultado de uma intensa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119301-vulcao-de-lama-causou-grande-explosao-no-mar-caspio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividade vulcânica</a> presenciada na região.“Usando um processamento cuidadoso de dados, encontramos novas evidências interessantes de que essa camada enterrada, pode ser muito mais espessa do que o esperado”, disse Zhu. “Essas camadas não foram perturbadas desde sua formação e podem ser registros importantes para determinar o impacto de um asteroide precoce e a história vulcânica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lua</a>."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21093444586042.jpg" alt="(Fonte: NASA / Reprodução)">(Fonte: NASA / Reprodução)A pesquisa estimou que o material, hoje representado em formato de poeira, começou a se acumular na superfície cósmica em uma velocidade muito maior do que foi sugerido em estudos anteriores, como resultado de uma decomposição causada por impactos de asteroides e intemperismo espacial.“Os cientistas lunares contam as crateras da lua e usam modelos de computador para determinar a taxa de produção do regolito”, diz Zhu. “Nossas descobertas fornecem uma restrição sobre o que aconteceu entre dois e três bilhões de anos atrás. Esta é a única contribuição deste trabalho. ”<h2>O poder do processamento de dados</h2>Através de um fluxo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120492-como-a-tecnologia-ajudou-neurocientistas-a-reimaginar-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a> de processamento de dados em quatro etapas otimizado para melhorar o sinal e suprimir ruídos nas frequências, o rover Yutu enviou pulsos eletromagnéticos para o subsolo lunar e ouviu quando eles ecoaram de volta. Isso permitiu que a equipe de pesquisadores conseguisse distinguir as diferentes camadas rochosas, o que só foi possível graças a particularidades existentes na polaridade, que tornavam-se mais evidentes à medida que a emissão trafegava entre os níveis geográficos.“Nosso trabalho está realmente fornecendo a primeira evidência geofísica para ver essa permissividade eletromagnética alterada de um valor pequeno do paleorególito para um valor grande dos fluxos de lava”, esclareceu Zhu. “Descobrimos essa mudança de polaridade nos dados e criamos uma imagem geofísica detalhada da subsuperfície até algumas centenas de metros de profundidade. Eu diria que usamos técnicas tradicionais de processamento de dados, mas olhamos os dados com mais cuidado e projetamos seu fluxo de trabalho adequado para essas informações lunares porque este é um ambiente muito diferente do da Terra.”Em comunicado, os cientistas informaram que o estudo pode fornecer detalhes ocultos sobre o passado da lua, além de interpretar dados fundamentais para missões espaciais não apenas em direção ao satélite, mas para diversos outros pontos do espaço sideral.</body>

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