Artes/cultura
17/12/2018 às 10:30•2 min de leitura
Muita gente se refere ao fim dos tempos usando duas palavras que, na verdade, não têm o mesmo significado. Se você tem algum tipo de interesse em como a Terra vai acabar, seja por motivos religiosos ou não, saiba que “apocalipse” e “armagedom” são coisas bem diferentes.
A palavra “armagedom” representa o local do fim do mundo, enquanto “apocalipse” pode representar uma série de eventos diferentes. A Bíblia conta com apenas uma referência ao armagedon. Essa palavra vem do hebraico “har”, que significa “montanha”; e de “Megido”, que era o nome de uma cidade que pertencia aos cananeus. A tal cidade hoje não passa de ruínas, localizadas a 90 km de Jerusalém.
A história de Megido sempre foi permeada com muitas lutas e sangue, inclusive em relatos bíblicos. O próprio rei Salomão usou a cidade para abrigar seus cavalos. Posteriormente, em 1918, a batalha entre britânicos e turcos acabou dando origem a Israel moderna. É dito que o período de mil anos de paz começará em Armagedom, quando Jesus e todos os santos derrotarão o Anticristo.
Fonte da imagem: Shutterstock
Quanto ao apocalipse, a palavra vem do grego e significa “algo descoberto”. Ou seja, o apocalipse é, na verdade, uma visão do futuro, como no próprio Livro do Apocalipse e no Apocalipse de São João. A palavra está presente em vários trechos bíblicos e, por isso, é passível a vários tipos de interpretações, inclusive a de que haverá o apocalipse na batalha de armagedom. O plano divino para restabelecer a paz mundial também faz parte do apocalipse, inclusive.
É preciso entender também que o apocalipse religioso faz referência ao julgamento final, diante do qual, supostamente, todos os homens terão direito à redenção assim que provarem sua fé.
Já o chamado apocalipse secular diz respeito ao fim do mundo, mas de outra maneira: trata-se da especulação a respeito do que pode acontecer caso o aquecimento global continue em alta, por exemplo. Idem para poluição, superpopulação, desmatamentos, guerras, conflitos e crises sociais. Enquanto o evento religioso pode dar esperança, o secular abre os nossos olhos, para que percebamos o que estamos fazendo com nosso próprio habitat.