Cientistas japoneses criam banco de esperma para animais em extinção

30/08/2013 às 09:372 min de leitura

Pensando em futuro distante, os pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, assumiram o papel de Noé da atualidade e resolveram salvar a vida dos animais: nesta semana, os cientistas anunciaram a abertura de um banco de esperma para animais que se encontram em risco de extinção.

Por meio do congelamento a seco, os envolvidos acreditam ser possível manter as amostras do material genético dos animais por muitos anos. De acordo com a notícia da agência AFP, o principal objetivo dos pesquisadores é que a vida desses animais possa ser recriada em outros planetas.

Até o momento, a equipe do Institute of Laboratory Graduate School of Medicine conseguiu preservar amostras de esperma retiradas de duas espécies de primatas e uma girafa com sucesso, segundo a declaração do professor Takehito Kaneko.

O desafio do tempo

Para garantir que o material armazenado possa resistir ao efeito do tempo, os pesquisadores adicionaram conservantes líquidos utilizando o mesmo método de congelamento. Dessa maneira, o sêmen pode ser armazenado a uma temperatura máxima de 4 °C, que é muito superior às temperaturas em que esse tipo de material geralmente é mantido.

Em pesquisas anteriores, Kaneko e sua equipe conseguiram utilizar esse método para congelar o esperma de ratos e camundongos sem que fosse necessário o uso do equipamento de hidrogênio líquido. Depois de cinco anos, os cientistas comprovaram que as amostras continuavam inalteradas.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Vida animal em outros planetas

Atualmente, a tecnologia utilizada na universidade permite que o sêmen fique em temperatura ambiente por curtos períodos de tempo, o que significa que o material não será perdido em caso de falta de energia elétrica causada por desastres naturais, por exemplo.

Depois de conseguir manter o material dos animais do sexo masculino com sucesso, o próximo passo da pesquisa é verificar se a técnica pode ser aplicada aos óvulos. “Atualmente temos que utilizar óvulos frescos ou tradicionalmente congelados. Estamos pesquisando métodos para realizar o congelamento a seco nos óvulos também”, explicou Kaneko.

Será mesmo que algum dia poderemos ter pandas vivendo em Marte?

Imagem

Últimas novidades em Ciência

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: