Saúde/bem-estar
20/10/2017 às 05:01•2 min de leitura
1 – Criação
A história diz que Alfred Nobel, o inventor da dinamite, criou a premiação em 1864 após um jornal francês publicar por engano um obituário de sua morte. Na verdade, quem havia morrido era seu irmão em um dos experimentos com nitroglicerina na fábrica de explosivos da família. Segundo os fatos, o título do obituário era: “O mercador da morte está morto”.
Alfred não gostou disso e pensou que, quando ele morresse, não desejaria que esse fosse o seu legado; então, ele passou a planejar a criação dos prêmios, que só foram realmente criados após a sua morte, que aconteceu no dia 10 de dezembro de 1896. É nesta mesma data, em todos os anos, que os prêmios são entregues em cerimônias especiais.
Cerimônia de 2007 em Estolcomo Fonte da imagem: Reprodução/Nobel Prize
O Prêmio Nobel da Paz é entregue em Oslo e apresentado pelo presidente do Comitê Norueguês do Nobel, enquanto os outros prêmios (Química, Física, Literatura e Medicina) são entregues em Estocolmo e apresentados pelo rei da Suécia. Por quê? Porque Nobel planejou tudo isso em seu testamento, no qual deixou escrito:
Os prêmios para a Física e Química serão concedidos pela Academia Sueca de Ciências. Para trabalhos fisiológicos ou médicos, pelo Instituto Caroline em Estocolmo. Para literatura, o prêmio será concedido pela Academia em Estocolmo, enquanto para os campeões da paz os prêmios serão entregues por um comitê de cinco pessoas a serem eleitas pelo parlamento norueguês.
Você percebeu que, no testamento, Alfred não mencionou economia? Isso porque o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas não é um Prêmio Nobel legítimo criado pelo sueco junto com os outros. Este é, tecnicamente, um prêmio associado, concedido pelo Banco Central da Suécia como Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel. O Banco o criou em 1968.
Os ganhadores do Prêmio Nobel levam para casa um certificado, uma medalha de ouro e muito dinheiro! Os vencedores do ano passado foram premiados com cerca de 1,1 milhão de dólares. Mas, para cada premiado, um Nobel tem um valor inestimável.
Peter Higgs e François Englert, ganhadores do Nobel de Física em 2013 Fonte da imagem: Reprodução/International Business Times
Em alguns casos, o prêmio é compartilhado, mas nunca por mais de três pessoas. Para as equipes com mais de três integrantes, o comitê escolhe quem fica de fora. Se duas pessoas ganharem o mesmo prêmio, como foi o caso dos pesquisadores do Bóson de Higgs, o dinheiro é dividido igualmente. Se três pessoas ganharem, a comissão de concessão escolhe como dividir o prêmio.
Os vencedores do prêmio não sabem que são indicados até eles ganharem. É sempre realmente uma surpresa!
Não são feitas indicações póstumas. Sobre isso, Gandhi esteve muito perto de ganhar o prêmio, quando foi indicado três dias antes de seu assassinato em 1948. O fato foi revelado depois pelo comitê. Em 2002, Geir Lundestad, diretor do Comitê Nobel da Noruega, chamou a ausência de Gandhi como “a maior omissão na nossa história de 106 anos”. O prêmio póstumo só é concedido se a pessoa é anunciada como vencedora, mas morre antes da cerimônia do dia 10 de dezembro.
Os vencedores dos Prêmios Nobel têm o dever de uma palestra pública num prazo de seis meses após a aceitação de sua concessão. A maioria deles a realiza durante a “Nobel Week”, em Estocolmo. Então, no final desta semana especial, é feita uma festa com banquete, dança e um rígido código para os trajes.
Banquete na cerimônia de Estolcomo em 2011 Fonte da imagem: Reprodução/The Guardian
Os homens devem vestir um fraque preto com paramentos de seda, camisa branca, gravata borboleta branca e colete branco. Tudo bem formal e com outros detalhes impostos. Para as mulheres, a requisição é apenas que seja um vestido fino de noite. Luvas longas e um xale são opcionais.
*Publicado em 10/10/2013