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14/04/2015 às 06:24•2 min de leitura
Todo mundo eventualmente já parou para pensar em como será a Terra e a civilização humana daqui há cerca de 100 anos. Esse tipo de costume imaginativo, no entanto, não é uma exclusividade da nossa época a já acontecia desde o princípio dos tempos – com alguns registros permitindo que vejamos quais previsões do passado sobre os nossos tempos se tornaram verdade.
Escrito no final do século XIX, o livro La Fin du Monde (“O Fim do Mundo”, em tradução livre) conta sobre um cometa que atinge a terra pouco depois da virada do século XX para o XXI, causando consequências de longo prazo que culminam na morte do planeta. De autoria do astrônomo francês Camille Flammarion, o romance teve sua primeira edição publicada em 1893 e foi adaptado para o cinema em 1931.
A seguir, você pode ver algumas ilustrações escaneadas de uma das primeiras edições do livro, lançada na Hungria em 1897. Com desenhos feitos por vários artistas famosos da França, o livro mostrava cenas de um futuro fantasioso, mas não completamente errado. Confira essas cenas a seguir e veja o quanto nosso futuro se parece com a ficção do passado:
A grande maioria dos prédios conta com grandes domos rotativos, usados para observar as estrelas, as ruas são iluminadas por postes elétricos e algumas coberturas contam com portos para grandes navios aéreos. Embora os observatórios e os grandes dirigíveis não tenham se tornado itens do cotidiano, os heliportos e a luz elétrica são bastante difundidos hoje.
Os navios aéreos – ou dirigíveis – certamente não são métodos convencionais de locomoção, mas os aviões já transportam milhões de pessoas todos os dias. Seria um verdadeiro problema se o espaço aéreo fosse tão caótico quanto o da imagem.
Na ilustração, uma mensagem wireless de Marte é recebida e projetada em uma sala repleta de cientistas e políticos. Com relação à comunicação sem fios, acredito que os franceses do final do século XIX ficariam surpresos com nossos avanços, acessíveis para qualquer pessoa.
Basta tirar os grandes navios aéreos sustentados por balões de ar e colocar grandes Boeings em seu lugar, e certamente poderemos dizer que as previsões de Flammarion sobre nossos meios de transportes chegaram perto da realidade.
No livro, a capital da França se tornou uma megalópole que vai de Bordeaux a Narbonne, com seu céu repleto de aviões com asas flexíveis e nuvens de fumaça. A cidade também contaria com pontes de vários níveis e trilhos de monotrilho. Por sorte, a Paris de hoje mantém um visual muito mais belo do que esse.
As pessoas poderiam adquirir grandes telas redondas para a exibição de conteúdo de entretenimento, com uma placa de controle fixada na parede mais cômoda. A realidade das TVs de alta definição certamente está aqui, mas por sorte temos soluções mais práticas para os controles.
Nesta cena romântica, é possível ver um carro com asas flexíveis que não apenas voa, mas se locomove sem a necessidade de um motorista. Infelizmente, ainda estamos trabalhando para viabilizar a livre circulação de veículos autônomos, de forma que fazer com que eles também trafeguem pelo ar vai ter que esperar mais um pouco.
Por sorte, até agora não fomos atingidos por grandes meteoros e não estamos na mira de outras ameaças de destruição iminente. Assim sendo, é improvável que vejamos em breve cenas como a desse navio voador pairando sobre as ruínas da civilização humana.