Vivienne Westwood causa polêmica ao criar um vestido comunista

Katy Perry veste o objeto da polêmica internacional.
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Grandes prêmios do cinema e da música atraem os olhares do público do mundo todo devido à presença dos ilustres convidados. E não foi diferente com o último American Music Awards, que aconteceu no dia 20 de novembro em Los Angeles (Estados Unidos).

E quem realmente chamou a atenção foi a cantora americana Katy Perry, que levou para o tapete vermelho um vestido assinado por Vivienne Westwood. O modelo tomara-que-caia em tons rosados e com estampa floral oriental aparentemente não tinha nada de incomum. Mas os espectadores chineses que assistiam ao evento logo identificaram um pequeno incidente que causou um verdadeiro furor no mundo oriental.

Entre as flores que figuravam na peça criada pela estilista inglesa, se destacavam quatro caracteres chineses que formavam a frase “Lu Se Jing Ji”, ou “Economia Verde”, em português. Trata-se de um dos slogans mais difundidos pelo partido comunista chinês como referência a um crescimento sustentável do país. No entanto, o jargão também conquistou sua fama por ser motivo de piada entre a população chinesa, que convive diariamente com altos níveis de poluição.

Vivienne Westwood usou o slogan do partido comunista chinês em uma de suas criações.
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Ao notar a “coincidência” estampada na peça, o governo chinês não entendeu se Westwood estava fazendo uma piada grosseira, criticando a “economia verde” do país ou se teria usado as letras por engano e assim promoveu o partido comunista sem se dar conta – o que foi motivo de risos, considerando que a estilista já fez parte do movimento punk.

A maior parte dos fashionistas acredita que tudo não passa de uma simples inspiração, afinal Vivienne Westwood é conhecida por apoiar projetos de sustentabilidade. Além disso, a estilista parece saber muito bem o que diziam os ideogramas. No site da coleção primavera/verão 2012, ela escreveu que a nova linha traz “chapéus e jaquetas de Mao” (Tse-Tung, fundador da República Popular da China) e que foi inspirada na “sabedoria chinesa”, que seria capaz de “nos ajudar a salvar o planeta”.