5 casos interessantes de pessoas que estiveram em coma

08/01/2017 às 10:004 min de leitura

Basicamente, o coma é um estado de inconsciência no qual as pessoas ficam incapacitadas de responder a estímulos externos, mesmo quando esses estímulos são dolorosos. Esse estado é provocado por lesões cerebrais que ocorrem devido a problemas como traumas, infecções, hemorragias, falta de oxigenação e acúmulo de toxinas, por exemplo, e eles podem ser temporários e reversíveis ou permanentes.

Além disso, existem vários tipos de coma — induzido, persistente, pseudocoma etc. —, e, durante o período em que as pessoas se encontram “dormindo”, o cérebro permanece funcionando, mas em níveis mínimos de alerta.

Geralmente, o coma não costuma durar mais do que alguns dias ou semanas e, dependendo do tipo de lesão — e se ela pôde ser curada —, muitas vezes o paciente retoma a vida normal depois de passar pela reabilitação. Contudo, nem sempre é fácil prever como será a recuperação de alguém que esteve em coma; a seguir listamos cinco casos interessantes de pessoas que passaram por essa experiência:

1 – A menina que virou tabagista

Ya Wen

Em 2009, Ya Wen tinha apenas 3 anos de idade quando foi atropelada e, milagrosamente, sobreviveu ao terrível acidente. A pequena sofreu ferimentos graves e ficou em coma durante cinco dias no hospital. No entanto, os pais da menina notaram uma grande mudança em sua personalidade. Segundo o casal, a filha passou a preferir roupas de menino e a se comportar como adulta.

Além disso, Ya Wen começou a beber cervejas e fumar. De acordo com a família, no início, a menina costumava roubar os cigarros do pai e se trancar no banheiro para fumá-los, mas depois começou a comprar fiado entre um e dois maços por dia em uma lojinha local — que vendia os cigarros na crença de que eles eram para o pai de Ya Wen.

2 – A moça que perdeu a memória

Liz Sykes

Um belo dia, em 2008, a britânica Liz Sykes estava dirigindo para o trabalho quando começou a se sentir totalmente desorientada. Ela não fazia ideia de onde estava nem de como chegar ao trabalho e teve que ligar para o chefe para que ele fosse buscá-la. Em um primeiro momento, os médicos pensaram que o episódio de Liz havia sido provocado pelo estresse, mas na semana seguinte a moça sofreu uma série de longas e violentas convulsões.

Depois de ser hospitalizada, o estado de Liz só piorou, e os médicos decidiram colocá-la em coma induzido para salvar sua vida. Ela ficou nesse estado por três semanas e foi diagnosticada com uma encefalite — uma infecção no cérebro geralmente provocada por vírus ou bactérias. Entretanto, quando acordou, Liz havia perdido toda a sua memória e não conseguia se lembrar de qualquer evento de sua vida, nem mesmo de como caminhar ou falar.

A jovem passou 11 meses se tratando em clínicas de reabilitação especializadas em pacientes que sofreram danos neurológicos, como soldados e policiais. Liz conseguiu se recuperar, mas até hoje sofre com perdas de memória de curto prazo e se sente insegura com vários aspectos de sua vida.

3 – A garota que acordou falando alemão

Já pensou se um dia você acordasse e percebesse que, em vez de falar português, você só conseguisse se comunicar em um idioma que você originalmente não domina? Em 2010, uma garota croata de 13 anos de idade despertou de um coma e descobriu que, em vez de se comunicar em seu idioma nativo, ela só conseguia falar com os outros em alemão — perfeitamente fluente.

Os detalhes sobre a lesão não foram divulgados, mas a menina ficou inconsciente durante 24 horas. Segundo os seus pais, ela havia começado a fazer aulas de alemão recentemente e não era, nem de longe, fluente no idioma. De acordo com os médicos, é muito difícil prever como o cérebro vai reagir ao se recuperar de determinados traumas, e o caso da garota é extremamente intrigante.

4 – O homem que acordou após 19 anos

Terry Wallis

Terry Wallis tinha 19 anos de idade — e ainda estava celebrando o nascimento recente de sua filha — quando, em uma sexta-feira 13, o amigo com quem ele estava viajando perdeu o controle do veículo e caiu em um riacho. O motorista morreu no local, e Terry só foi encontrado um dia depois do acidente. Além de ficar paralisado do pescoço para baixo e entrar em coma, ele mergulhou no que os médicos chamam de estado mínimo de consciência.

Os médicos deram poucas esperanças de que Terry algum dia recobrasse a consciência, e a esposa e os pais do rapaz decidiram deixá-lo em uma clínica de reabilitação. Durante esses anos todos, além de ser visitado com frequência, Terry era levado a cada 15 dias para passar o fim de semana na fazenda de sua família, com a esperança de que o ambiente familiar ajudasse em sua recuperação.

Pois, coincidentemente, 19 anos depois e em uma sexta-feira 13, a mãe de Terry estava com ele em uma de suas típicas visitas quando o rapaz abriu os olhos e chamou por ela. Terry ainda balbuciou as palavras “Pepsi” e “leite”, e em um período de apenas três dias já estava tagarelando com seus familiares e conhecendo a filha — então com a mesma idade que ele tinha quando sofreu o acidente.

Terry — evidentemente — não se recuperou completamente de suas lesões, e sua memória de curto prazo foi profundamente afetada. Contudo, equipes médicas realizaram mapeamentos detalhados de seu cérebro, descobrindo a formação de novas conexões que o estão ajudando a recobrar a fala, sua personalidade e até a capacidade de realizar movimentos limitados.

5 – O homem que optou por entrar em coma

John Roach

Já pensou na dificuldade de ter que conviver com dores intensas constantemente? Pois esse era o caso de John Roach, que sofre de uma condição chamada Síndrome da Dor Regional Complexa, até ele decidir se submeter a uma nova terapia — ainda considerada controversa — para tratar a doença. John optou por ser posto em estado de coma durante cinco dias para tentar se livrar da dor e voltar a ter uma vida normal.

Antes de passar pelo tratamento — que envolve pôr os pacientes em coma induzido com o uso de um anestésico chamado cetamina —, John já havia tentado fisioterapia, cirurgias e recebido altas doses de analgésicos sem obter resultados. O norte-americano inclusive chegou a pensar em suicídio, mas soube da nova terapia e resolveu arriscar. Por sorte, ela funcionou para John e, segundo disse, desde que voltou do coma, ele praticamente não sente mais dor.

O tratamento não é aprovado nos EUA e em muitos outros países, já que envolve uma série de riscos e existem casos de pacientes que tiveram complicações graves. Assim, os doentes que queiram se submeter à terapia são obrigados a viajar até a Alemanha ou o México para serem postos em coma — dando continuidade ao tratamento em seus países de origem, recebendo doses de reforço mais baixas de cetamina periodicamente.

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