Ciência
11/02/2018 às 05:00•2 min de leitura
Em 1942, o tenente Ernest Cody e o oficial Charles Adam estavam em um dirigível L-8 patrulhando a região de São Francisco, nos Estados Unidos, quando foram informados sobre um vazamento de óleo próximo das ilhas Farallon — a cerca de 50 km da costa da Califórnia. Após se comunicarem com a torre de comando, ambos seguiram em direção ao lugar do desastre para averiguar a situação. Só que, algumas horas depois do último contato, a aeronave foi avistada fora da rota informada e só foi encontrada depois de se espatifar no chão, na cidade de Daly.
Quando as testemunhas do acidente foram até o L-8 resgatar possíveis sobreviventes, nenhum tripulante foi encontrado a bordo. De acordo com uma investigação feita pela Marinha, nenhum paraquedas ou bote salva-vidas foi utilizado, o rádio e os motores estavam funcionando perfeitamente, e nenhum sinal de luta corporal havia sido identificado. Até hoje, o sumiço dos militares segue sendo um mistério e levanta as mais diversas especulações.
Em junho de 1924, os escaladores George Mallory e Andrew Irvine integravam uma expedição que pretendia ser a primeira a chegar ao cume do monte Everest — o mais alto da Terra, a quase 8,9 mil metros acima do nível do mar. Durante a escalada, porém, uma densa névoa encobriu o topo da montanha, o que, segundo testemunhas, não fez os britânicos abortarem o plano de chegar até o “teto do mundo”. Depois disso, os dois nunca mais foram vistos.
Uma hipótese sugerida por uma equipe de meteorologistas de Toronto, no Canadá, baseada nos dados recolhidos pela própria expedição de Mallory e Irvine, aponta que seria praticamente impossível os dois terem chegado ao topo do Everest naquele dia, já que uma forte tempestade provocou uma queda abrupta na pressão atmosférica, levando os níveis de oxigênio a índices insuportáveis.
Em 1999, o corpo de Mallory chegou a ser encontrado por uma expedição norte-americana a uma altura de 8,3 mil metros — cerca de 600 metros abaixo do cume da montanha. Ele foi identificado graças a uma etiqueta que estava fixada em sua roupa. Porém, Irvine, que carregava uma câmera que poderia revelar se eles foram os primeiros ou não a alcançar o cume do Everest, jamais foi encontrado.
Nascida em 1897, Amélia Earhart enfrentou uma infância atribulada e, durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou como enfermeira da Cruz Vermelha em um hospital militar no Canadá. Em 1920, um passeio de avião de apenas dez minutos a fez ter certeza sobre a sua paixão pela aviação. Oito anos depois, ela atravessaria o oceano Atlântico pelo ar e entraria para a História como a primeira mulher a realizar esse feito.
Depois de quebrar inúmeros recordes aéreos, Earhart decidiu que era hora de ousar um pouco mais: aos 40 anos de idade, decolou de Oakland, nos Estados Unidos, rumo ao sonho de ser a primeira pessoa a cruzar o globo terrestre seguindo a Linha do Equador. O plano da americana, contudo, terminou de forma trágica: após completar 22 mil das 24,5 mil milhas do percurso, sua aeronave desapareceu no oceano Pacífico sem deixar rastros.
*Publicado em 28/9/2016