Ciência
11/08/2017 às 06:28•2 min de leitura
Quando todos pensavam que as coisas estavam se acalmando entre EUA e Cuba, eis que as tensões parecem estar voltando a se formar. De acordo com Adam Raymond, do site New York Magazine, dois diplomatas norte-americanos em serviço na Embaixada dos Estados Unidos em Havana teriam sido alvos de um ataque um tanto quanto estranho — o que teria motivado seu translado de volta aos EUA e a expulsão de dois diplomatas cubanos do país, em retaliação.
Segundo Adam, conforme revelou Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, dois funcionários da embaixada teriam sido alvos de uma arma sônica misteriosa capaz de perpetrar ataques acústicos em frequências que não podem ser percebidas pelos humanos, mas que causariam danos às estruturas internas dos ouvidos e uma série de graves problemas auditivos.
Os detalhes sobre os danos auditivos sofridos pelos diplomatas não foram divulgados, mas, até onde se sabe, os oficiais começaram a perceber perda de audição sem um motivo aparente, e os sintomas foram bastante severos, tanto que motivaram seu retorno aos EUA. Com relação à tal arma de efeito sônico, os investigadores norte-americanos acreditam que ela deve ter sido acionada no interior ou nas proximidades das residências dos funcionários da embaixada.
Embaixada dos EUA em Cuba (Stringer/Reuters/Newscom)
De acordo com o pessoal do Departamento de Defesa dos EUA, segundo a Convenção de Genebra, é de obrigação e responsabilidade do governo cubano proteger diplomatas estrangeiros em serviço no país, portanto a questão está sendo investigada com bastante cuidado. No entanto, ainda não se sabe se o suposto ataque foi arquitetado por cubanos ou indivíduos de outro país (obviamente, o possível envolvimento de agentes russos também está sendo considerado!).
O FBI aparentemente também está dando uma olhada no caso junto com os cubanos para tentar esclarecer a questão, mas é inegável que a coisa toda é bastante bizarra. De qualquer forma, o Ministério de Relações Exteriores de Cuba negou terminantemente sua participação no ataque e garantiu que nenhum tipo de ação contra diplomatas estrangeiros e seus familiares será permitida em seu território.