Saúde/bem-estar
20/11/2017 às 14:10•4 min de leitura
Quem não curte uma boa história de mistério, daquelas que envolvem elementos como acidentes estranhos, teorias da conspiração e artefatos de suposta origem alienígena? Pois o caso da Esfera dos Betz engloba todos esses aspectos e, se você nunca ouviu falar a respeito desse enigmático objeto, venha com a gente e descubra!
Tudo começou em 1974, depois que o engenheiro naval Antoine Betz, sua esposa Gerri e seu filho Mathew Betz — um estudante de medicina de 21 anos — foram avaliar os danos provocados por um incêndio que havia atingido a propriedade da família em Fort George Island, próximo a Jacksonville, na Flórida.
Olha a esfera aí! (Cool Interesting Stuff)
Durante a inspeção, o trio se deparou com um objeto de metal polido perfeitamente esférico com pouco mais de 20 centímetros de diâmetro e perto de 10 quilos de peso que, apesar de estar em uma área que havia sido completamente consumida pelas chamas, não apresentava qualquer evidência de ter entrado em contato com o fogo.
Em um primeiro momento, os Betz chegaram a suspeitar que o objeto podia ser parte de um satélite espião da União Soviética, visto que, nessa época, mundo se encontrava em plena Guerra Fria. A família cogitou ainda que a esfera pudesse fazer parte de algum teste militar ou experimento conduzido pela NASA — e até que o artefato tivesse sido o causador do incêndio.
Sem saber o que fazer com o achado, os Betz levaram o objeto para casa — e Mathew foi quem decidiu abrigar o misterioso artefato em seu quarto. E lá ficou a esfera quietinha até que, duas semanas mais tarde, enquanto Mathew fazia umas improvisações com sua guitarra, o rapaz percebeu que ela parecia reagir à música.
Intrigante... (Before It’s News)
Mais especificamente, Mathew notou que determinados acordes faziam com que a esfera começasse a vibrar e a emitir um ruído pulsante. Com o passar dos dias, os integrantes da família descobriram que o artefato era capaz de fazer outras coisas esquisitas, como desviar sua trajetória quando rolado pelo chão e retornar sozinho até o ponto de partida.
Além disso, os Betz observaram que a esfera parecia responder de forma mais intensa em dias ensolarados — sugerindo que seu funcionamento era afetado pela radiação solar —, e também que ela parecia emitir uma vibração em baixa frequência em determinados momentos do dia, como se ela abrigasse algum tipo de motor em seu interior.
Outra descoberta feita pelos Betz foi que o objeto vibrava e soava feito um sino quando atingido com força, e que o artefato contava com uma pequena marca triangular em sua superfície que, aparentemente, correspondia a uma área magnética.
Depois de realizar uma porção de testes e não conseguir descobrir nada sobre a origem e função da esfera, a família decidiu tornar sua história pública. Para isso, os Betz entraram em contato com um jornal de Jacksonville e, após o caso ser divulgado, não demorou até ele virar manchete pelo mundo e atrair um enorme interesse.
Caso despertou enorme interesse da imprensa (Report From The Florida Zone)
Mas não foi apenas a imprensa quem demonstrou curiosidade pela esfera. Poucos dias depois de a história dos Betz ser publicada, membros da comunidade científica, ufólogos, representantes da NASA e até do Exército dos EUA entraram em contato com a família para solicitar permissão para examinar a esfera.
Durante o auge da coisa toda, um representante da Marinha norte-americana chegou a admitir em uma entrevista a um programa de televisão que não era capaz de explicar a origem do artefato, e o governo inclusive foi a público para garantir por meio de nota oficial que a esfera não era de sua propriedade.
Exames superficiais apontaram que, pelo menos aparentemente, o objeto não parecia ter sido fabricado ou manipulado pelos Betz. No entanto, mesmo com tanto alarde, a família se recusou a enviar a esfera para que ela fosse devidamente examinada por cientistas ou militares.
O interesse pela esfera parecia não morrer nunca — e se reacendeu depois de os Betz declararem que o artefato parecia estar motivando incidentes paranormais na residência da família. Segundo os Betz, as portas da casa começaram a se abrir e a fechar sozinhas, e os moradores passaram a ser acordados no meio da noite pelo som de uma música tocada por um órgão.
E os mistérios se intensificam (Mac’s UFO News)
Foi só depois de ficarem apavorados com esses acontecimentos inexplicáveis que os Betz concordaram em que a esfera fosse examinada. O objeto foi levado até a Estação Aérea Naval de Jacksonville, e as análises revelaram que o artefato era feito de um material inoxidável ferroso e magnético, que ele tinha quatro polos magnéticos — dois positivos e dois negativos —, e que sua camada externa tinha um 1 cm de espessura.
Ademais, exames de raios-x revelaram que o objeto continha duas peças redondas em seu interior, e que ele não aparentava ser radioativo ou explosivo. Os testes também revelaram que o campo magnético detectado ao redor da esfera emitia ondas de rádio. No entanto, apesar dessas descobertas todas, como ninguém conseguia determinar a origem do artefato, começaram a circular boatos de que ele poderia ser extraterrestre.
O fim do mistério relacionado com o enigmático artefato chegou ao fim totalmente por acaso, depois de um entregador da Coca-Cola se deparar com uma curiosa escultura no Novo México contendo esferas semelhantes. Após investigar o caso, descobriram que a obra era de autoria de um artista chamado James Durling-Jones — e que esse cara tinha criado diversas peças feitas com bolas metálicas, incluindo uma cinética que contava com uma esfera como pêndulo.
E, apesar de tanto alarde, existia uma explicação para o mistério (Above Top Secret)
Mas, se a esfera era uma das peças criadas por Durling-James, como é que ela saiu do Novo México e foi parar na Flórida? O artista contou que, anos antes, ele viajou por várias cidades em busca de restos de metal para construir suas esculturas, e que tinha conseguido diversas válvulas esferas das quais um amigo seu — que era dono de uma fábrica — estava se desfazendo.
Então, em 1971, enquanto Durling-James dirigia por Jacksonville, algumas das bolas de metal — que estavam presas no bagageiro no teto do carro do artista — acabaram se soltando e rolando para fora da estrada, e ele não conseguiu recuperar todas elas. Assim, o que aconteceu é que o misterioso artefato ficou lá, perdido, durante três anos até ser descoberto pelos Betz.
Com relação ao ruído estranho e o fato de o objeto rolar de forma estranha, o artista explicou que, muitas vezes, as companhias perfuram as válvulas e as soldam novamente antes de elas serem reutilizadas, e parte do material resultante dos furos e solda acaba ficando preso dentro da esfera, podendo resultar produção de barulhos e na alteração do centro de gravidade do objeto. Já sobre os demais “fenômenos” testemunhados pelos Betz, é provável que eles sejam apenas resultado de peças pregadas por suas mentes — ávidas por encontrar uma explicação para a origem do misterioso artefato. Será?