Exames em ossos humanos aumentam mistério sobre Stonehenge

02/08/2018 às 13:082 min de leitura

Vira e mexe a gente fica sabendo de novas teorias e descobertas relacionadas com Stonehenge — monumento da Idade do Bronze que fica em uma planície de Salisbury, no sul da Inglaterra. No entanto, apesar de os pesquisadores terem conquistado alguns avanços no sentido de desvendar os mistérios que ainda envolvem essa fascinante estrutura, a verdade é que ainda restam muitas perguntas sem resposta sobre o famoso círculo de pedras.

Monumento de StonehengeBonitão e fascinante (Sky News)

Uma delas é qual poderia ser a utilidade de Stonehenge: seria ele um antigo observatório astronômico, local para a realização de rituais, sítio de encontro para os antigos povos que habitavam a região, cemitério neolítico? Ninguém sabe dizer com certeza — e novas análises realizadas em fragmentos de ossos encontrados em Stonehenge não ajudaram a solucionar os muitos mistérios que pairam sobre a estrutura. Aliás, apenas contribuíram para gerar mais questões!

Forasteiros

Mais precisamente, um time de cientistas reexaminou uma porção de restos humanos que foram encontrados durante escavações conduzidas no local entre os anos de 1919 e 1926, enterrados novamente algum tempo depois e exumados outra vez em 2008. Pois é... Não deixam os pobres descansarem em paz!

Fragmentos de ossosFragmentos de ossos humanos que foram reexaminados (IFLove Science/Christie Willis/UCL)

Na primeira ocasião, os arqueólogos encontraram um total de 58 corpos — que passaram pelo processo de cremação —, enquanto que na segunda, os pesquisadores conseguiram recuperar fragmentos de ossos de 25 indivíduos e, com base na datação por radiocarbono, o time concluiu que essas pessoas viveram entre dois intervalos de tempo, isto, entre os anos de 3180 e 2965 a.C., e entre 2565 e 2380 a.C.

Os exames realizados agora — por meio de uma técnica baseada na análise isotópica do estrôncio — revelaram que, dos 25 indivíduos, pelo menos 10 eram “forasteiros”. Segundo os cientistas, os resultados dos testes, em conjunto com as descobertas arqueológicas dos últimos anos, sugerem que essas 10 pessoas não passaram suas vidas na região onde Stonehenge foi construído, mas provavelmente eram oriundas do País de Gales, local de onde vieram as pedras que compunham o monumento em seus estágios iniciais de construção.

Mas, e aí?

E o que isso tem de interessante — ou melhor: por que essa constatação gera mais perguntas do que respostas sobre Stonehenge? A pedreira na qual as primeiras pedras foram obtidas fica perto de 300 quilômetros de distância de onde o monumento foi construído, o que pode não parecer muito hoje em dia, mas, há 5 mil anos, era quase como viajar ao outro lado do planeta!

Pedreira em GalesPedreira em Gales de onde os cientistas pensam que as pedras foram obtidas (IFLove Science/Adam Stanford/AerialCam LTD.)

Os resultados também apoiam a descoberta de que as pedras usadas nos estágios iniciais do monumento vieram de Gales, mas levantam a questão sobre o que — no mundo — conectava as duas regiões. Afinal, não existem evidências de que os dois povos estavam envolvidos em relações comerciais, por exemplo, nem pistas do que pode ter unido esses grupos.

Uma possibilidade talvez seja que Stonehenge tenha sido construído justamente para aproximar essas comunidades — quem sabe após o desenvolvimento de um relacionamento envolvendo famílias de ambas as regiões. Mais uma vez, tudo não passa de especulação e, em vez de desvendar mistérios, os novos exames só os tornam mais interessantes. Cadê a máquina do tempo para a gente descobrir de uma vez qual era a desse monumento?

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