Artes/cultura
04/11/2018 às 11:00•2 min de leitura
Todo mundo gosta de ilusões de óptica. Essas obras de arte são a prova definitiva de que o cérebro humano pode ser enganado com alguns truques razoavelmente simples: você pensa que está vendo uma coisa, mas, na realidade, está enxergando outra. Há também aquelas criações que, embora sejam estáticas, criam uma sensação fidedigna de movimentação, o que é algo bem divertido de se observar.
O que você provavelmente não sabia é que existe um concurso anual e global para eleger as melhores ilusões do ano. Batizada simplesmente como Best Illusion of The Year Contest, a competição ocorre desde 2005 e é organizada pela Neural Correlate Society, uma organização sem fins lucrativos (ONG) que se dedica a estudar a correlação neural da percepção e da cognição. Ou seja: não é brincadeira, é ciência!
Qualquer pessoa pode submeter uma arte para o concurso e os finalistas da edição 2018 já foram eleitos por uma bancada de juízes experientes. Confira as melhores obras logo abaixo (em ordem crescente, da décima até a primeira) e prepare-se para ter um nó no cérebro!
Criada pelos taiwaneses Yi-Tsen Kuo e Philip Tseng, esta obra se baseia na popular ilusão da grelha, trocando as linhas contínuas dos quadrados por tracejados. O resultado é uma arte que engana sua visão fazendo com que os elementos parecem se movimentar, embora isso não ocorra.
Uma simples foto com um filtro aplicado e replicada repetidas vezes dá a impressão de que o solo se move para baixo e para cima. O truque aqui é o alto contraste entre as imagens, e quem teve essa ideia brilhante foi o neerlandês Lourens van Dijk.
Uma bolinha vermelha e outra bolinha azul se movem pelo mapa. Qual delas está caçando a outra? A resposta é: nenhuma. A obra dos americanos Ben van Buren e Brian Scholl apenas brinca com nossa percepção usando movimentos no mapa de fundo.
Os japoneses Tama Kanematsu e Kowa Koida fizeram uma ilusão simples, mas divertida: adicionando um contorno branco em quadrados cinzas com fundo ciano, você tem a impressão de que eles possuem a cor vermelha.
Usando movimentos rápidos, a dupla Stuart Anstis e Patrick Cavanagh, dos Estados Unidos e do Canadá, faz parecer que objetos estão mudando de tamanho ou de orientação. Coisa de doido!
Embora todos os personagens apresentados nesta pequena animação aparentam fazer movimentos diferentes, a verdade é que todos circulam em um mesmo tracejado. Obra de Marco Bertamini e Andrew Irving, do Reino Unido.
Usando objetos reais colocados em cima de uma mesa com iluminação inconstante, o japonês Takahiro Kawabe faz com que eles pareçam se mover. Incrível!
Outra ilusão que simula movimento em um objeto estático — o mais bacana é que, nesta obra dos britânicos Michael Pickard e Gurpreet Singh, a mudança de cores faz parecer que o sentido da movimentação é alterado!
Na obra que ficou em segundo lugar, o trio britânico David Phillips, Priscilla Heard e Christopher Tyler provam que bastam mudar o pano de fundo de uma animação para que o elemento principal pareça mudar de direção.
Por fim, temos a ilusão vencedora: um objeto plano que parece ter três dimensões diferentes de acordo com sua perspectiva. A medalha de ouro foi para o japonês Kokichi Sugihara.
E então, qual foi a sua ilusão predileta?