Artes/cultura
10/11/2018 às 09:00•4 min de leitura
Antigas lendas e mistérios quase sempre mal explicados rondam os quatro cantos do mundo envolvendo damas de branco e fantasmas de mulheres com alguma história arrepiante para contar. Os contos revelam casos de fantasmas em busca de amor, vingança, mas também de almas boas que fazem vigília em certos locais, avisando pessoas sobre perigos iminentes.
Respire fundo e encare o desafio de Halloween: leia esses contos assustadores sobre as damas de branco mais famosas do mundo e tente não sentir aquele frio na espinha.
Essa lenda mexicana de mais de 500 anos é tão difundida que possui diversas versões. Todas elas, no entanto, contam a história de uma aparição vestida de branco que se lamenta e chora vagando pelas margens de rios, capturando crianças para substituir seus filhos perdidos.
Uma das versões mais conhecidas dessa fábula é a história de uma mulher casada com um homem muito bonito e bem-sucedido, com quem teve dois filhos. Após os primeiros anos felizes de seu casamento, aos poucos, ela começou a se sentir abandonada pelo companheiro, que dava mais atenção às crianças do que a ela.
Um dia, durante um passeio com seus filhos próximo a um rio, avistou o marido conversando com outra bela mulher. Após perder a cabeça por conta da visão, ela jogou os pequenos rio abaixo, percebendo logo em seguida que eles seriam levados pela água para nunca mais voltarem. Quando a mulher se deu conta de seu ato de insanidade, imersa em arrependimento e desespero, começou a chamar e procurar incessantemente por suas crianças, em vão.
Dependendo da versão do conto, a mulher morre de arrependimento e tristeza ou se joga no rio para também morrer afogada. Seu espírito teria ficado a se lamentar pela eternidade, assombrando as margens dos rios e levando crianças que se aventuram sozinhas à noite nesses lugares.
Da mitologia slava, a Rusalka ou as Rusalki (plural) são o equivalente a sereias celtas, lindas mulheres que habitam as águas e encantam homens e, diversas vezes, são avistadas em grupos. As origens dessa fábula são incertas, mas muitos dizem que são espíritos de mulheres que morreram violentamente ou que, por traições amorosas e até mesmo por engravidarem sem serem casadas, se afogaram nos rios.
Já outras versões contam que são almas de bebês que não foram batizados; porém, independentemente da tradição, todos relatam semelhanças na forma da aparição. Diz-se que as Rusalki permanecem assombrando até que tenham cumprido o seu propósito — muitas vezes relacionado à vingança. São figuras encantadoras, bonitas e muitas vezes de aparência amigável que atraem os homens para dentro da água para nunca mais serem vistos.
Esse é o conto holandês das damas de branco que vagam pela Terra e são descritas como mulheres sábias envoltas em uma névoa branca, geralmente avistadas em grupos. Enquanto, em holandês moderno, witte é traduzido como branco, simplesmente descrevendo a cor das roupas delas, originalmente a fábula das witte wieven pode ser derivada da palavra wit, que significa sábio em antigo dialeto holandês saxão — similar à palavra witty em inglês, que quer dizer espirituoso, esperto.
Essa tradução parece descrever bem os relatos das assombrações que aparecem sob a névoa para provocar, prejudicar ou até mesmo auxiliar alguém — tudo depende de como a pessoa encara a sua aparição. Se for crédula de suas histórias e as tratar bem, é mais provável que elas também mantenham o respeito e até ofereçam auxílio em alguma questão. No entanto, caso a pessoa demonstre medo e rancor, o mais provável é que seja arrastada para dentro da floresta e nunca mais saia de lá.
Perchta viveu no século XV na República Tcheca e pertencia a uma rica e importante família da região. Casou-se, no entanto, com um homem abusivo e muito cruel, Jan von Lichtenstein. Além de tornar sua vida um verdadeiro pesadelo em forma de purgatório na Terra, ele amaldiçoou sua alma.
Em seu leito de morte, o homem aparentemente arrependido de suas maldades pediu perdão a Perchta, mas ela recusou as suas súplicas. O amargurado marido, então, teria dito suas últimas palavras condenando a esposa a vagar pela eternidade nas dependências do castelo da família.
Logo após a sua morte, o espírito de Perchta começou a aparecer em várias propriedades da família Rozmberk, e seus parentes relatam que ela sempre aparecia vestida de branco quando algo importante estava para acontecer. Por vezes aparecia com o habitual vestido branco, mas guarnecida de luvas pretas, o que indicava que algo ruim estava por vir. Conta-se também que ela cuidou de várias crianças de sua família e que, para Peter Vok, teria indicado o local de um tesouro.
O fantasma de Perchta pediu à babá de Peter que ela lhe mostrasse o local por onde costumava aparecer. Peter, ao ouvir a história quando mais velho, resolveu então quebrar a parede pela qual o espírito passava e, para a sua surpresa, encontrou um tesouro escondido. Apesar de o espírito ter desaparecido após esse fato, contam que ela teria enxotado muitos nazistas para fora do castelo durante a Segunda Guerra Mundial.
Essa lenda se passa na cidade de Quezon, nas Filipinas, onde uma dama de branco assusta os que cruzam o local durante a noite. A rua tem esse nome devido a uma enorme árvore do gênero Balete, uma espécie de Ficus, típico das Filipinas, que estava plantada lá antes da construção da rodovia e, segundo se conta, teria poderes de aprisionar espíritos — a dama de branco seria um deles.
Tipicamente, ela surge entre a meia-noite e as 3h da madrugada, na própria rua ou nos arredores, e está sempre na beira da pista à espreita dos motoristas que por ali se atrevem a passar. Muitas vezes pede carona, aparentando ser uma pessoa viva; porém, quando consegue entrar em algum carro e o motorista olha pelo retrovisor, ela aparece toda ensanguentada e, então, some.
Existem muitas notícias de colisões no local, sempre apontando a súbita aparição assustadora ou, muitas vezes, sem qualquer razão lógica para uma batida. Ninguém conhece ao certo a sua história, mas sabe-se que a rua é patrulhada pela polícia, devido aos constantes relatos de gritos.
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