Ciência
21/01/2019 às 05:00•2 min de leitura
Com o calor que está fazendo neste verão, nada melhor do que um banho de cachoeira para se refrescar e lavar a alma. Se você estivesse passando pela região de Terni, na Itália, a cerca de 100 km ao norte de Roma, poderia curtir a Cascata delle Marmore – a Cascata do Mármore. Um lugar que encanta há milhares de anos!
Mas não vá pensando que isso é obra da natureza, não: a cascata localizada no rio Velino foi obra de engenheiros do Império Romano e data de cerca de 2,2 mil anos atrás. Os caras não estavam pensando na beleza da criação, mas sim em sua funcionalidade, já que a cascata deu fim a um imenso pântano na planície de Reiti.
Esse lugar ficava com águas paradas e foi dito como foco de doenças mortais no passado. Por isso, em 221 a.C., o cônsul romano Mânio Cúrio Dentato ordenou que o rio Velino fosse desviado. A alteração de curso fez criar o conjunto de três cachoeiras artificiais que totalizam 165 metros de altura, sendo um das mais altas cascatas artificiais de toda a Europa.
Cascata artificial tem 165 metros de altura
A construção fez bastante sucesso, mas infelizmente não pôs fim ao problema – na verdade, até piorou! Aconteceu que a planície de Reiti continuou se alagando, e em dias de maior vazão o alagamento atinge até o vale de Terni. Ainda assim, o lugar acabou se tornando rota de turismo e muito apreciado por amantes da natureza. No século 17, inclusive, estava dentro de uma rota feita por artistas ingleses que buscavam lugares de inspiração.
O problema de alagamento só foi resolvido no século 18, quando o Pio VI criou novas facilidades para drenar a água, impedir os alagamentos e atrair o turismo. Hoje em dia, são os turistas que mais movimentam a região; por isso, a usina hidrelétrica que foi instalada antes da Cascata de Mármore agora libera água com horários marcados, para encantar ainda mais os frequentadores.
Turistas movimentam o lugar