Artes/cultura
04/12/2020 às 03:00•2 min de leitura
Como já mencionamos em outra matéria sobre três sanatórios com histórias macabras, estas instituições começaram a surgir a partir do século 19, como uma tentativa de reformar o campo da saúde mental e oferecer o tratamento necessário para aqueles que antes eram simplesmente ignorados ou excluídos da sociedade.
Porém, os planos para estes centros terapêuticos se provaram uma grande utopia, com a macabra realidade se tornando um pesadelo que marcou para sempre – e até mesmo encerrou – a vida de muitos indivíduos.
Por mais que vários manicômios tivessem começado relativamente com o pé direito, isso durou pouco, e logo passaram a ser locais superlotados, com condições de saneamento extremamente precárias,nos quais não era incomum que pessoas passassem fome por vários dias ou ficassem largadas nos corredores.
Além disso, a equipe de funcionários da maioria destes lugares era pequena demais para a quantidade de trabalho ou sem as qualificações necessárias, sendo incapaz de lidar de forma correta com todos os indivíduos internados, que chegavam a fugir em alguns casos, sendo encontrados em quintais e casas vizinhas, ou até mesmo mortos em algum canto da propriedade.
Mas se tem algo que marcou para sempre a história dos sanatórios foram os tratamentos tortuosos que os enfermos sofriam, com banhos de gelo, lobotomias e terapias de eletrochoque sendo procedimentos comuns.
Alguns médicos ainda estavam na folha de pagamento de empresas farmacêuticas, e usavam aqueles que deveriam tratar como cobaias para testes baratos de medicamentos.
A violência descomedida também era uma parte diária da vida nos manicômios, com histórias sombrias sobre pacientes matando uns aos outros, ou sendo assassinados por enfermeiros – que em vez de serem severamente punidos, foram promovidos.
Felizmente, com a evolução do conhecimento sobre a saúde mental e investigações jornalísticas revelando os horrores que se passavam dentro desses “hospitais”, eles foram aos poucos sendo fechados.
Contudo, suas ruínas existem até hoje, como cascas vazias abandonadas que ainda guardam detalhes de passados macabros. Alguns destes sanatórios viraram museus, para compartilhar esta história que jamais deve ser esquecida, para que não se repita. Outros foram ainda mais além, servindo como fonte para turismo macabro e palco de investigações paranormais, com diversas pessoas afirmando que ainda são assombrados por todos aqueles que sofreram e pereceram ali.